terça-feira, 10 de abril de 2018

A CASA ASSOMBRADA

“Yo não creo em brujas, pero que las hay, las hay”
“Sócrates dizia que há muita coisa entre o céu e a terra”.
Não tenho opinião formada sobre assombros que antigamente diziam ter visto e ouvido....
Havia uma casinha pequena e velha, de madeira,  na Rua Florêncio de Abreu número 1.612 de propriedade  de meu pai,Carlos José Rousselet.Foi alugada para muitas pessoas.Inicialmente para o Sr.Augusto
Meneghetti , estafeta do correio, junto ao trem de passageiro,fazendo o transporte de correspondência  de ida e volta  dos Correios junto ao carro do correio do trem.Fazia o trabalho de  gaiota   puxada por cavalo.Tinha muitos filhos.Do primeiro casamento,,Santo,João Pedro e Cacilda ,e, do segundo matrimônio, Benjamim,Jorge e Abel.Sua esposa Rita Dallmazzo.Nas horas vagas sentavam num banco que havia do lado de fora da casa .Ele, barrigudo,usava uma guaiaca com fiveela de dente de porco.Ela magra e alta.Muitos inquilinos se sucederam: José Dallmazzo, Irmãs Tiquieza, Emitério e outros.Até que em 1945 meu pai vendeu a casinha para o Sr. Capitão Francisco Osório da Silveira, então sargento.Este morou ali muito tempo.
Este me contou que naquela época  ,  ele, seus filhos, esposa e sogra viam coisas  extranhas!
Viam, à tardinha, aquele italiano gordo, de bombacha com uma guaiaca  com fivela com dente de porco, em companhia de sua esposa magra e alta  ,(há muito tempo falecidos e que ele não os conheceu)sentados num banco de madeira ao lado da casa. À noite, às vezes ,parecia a casa levantar  e balançar no ar. 
Uma luz corria à meia noite. Caia uma moeda no assoalho e fazia barulho.
Á altas horas da noite,, ouviam passos  de uma pessoa caminhando ao redor da casa.Á tarde, a parede da casa do lado Norte balançava e rangia uma taboa.
Diziam que aquele local havia sido um cemitério  antigamente , onde os velhos políticos “coronéis”  mandavam enterrar os seus adversários políticos assassinados, alguns por degola.
O então sargento e hoje capitão, mais tarde  desmanchou aquela casa  e construiu no lugar outra de material, mas, o fenômeno continuou com aquelas aparições para ele e sua família.
Tempos depois, meus filhos, Carlos Augusto e Maria da Conceição, e, meus amigos Wily e Maria também moraram nessa casa e nada viram de anormal ,ou, de assombros, durante o tempo que lá estiveram.
Parece que não é para todos que os fantasmas aparecem....
 Meu velho  amigo Olívio Plilau dizia que o “lobisome sabia para quem ele aparecia”...

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