“Sócrates dizia que há muita coisa entre o céu e a terra”.
Não tenho opinião formada sobre assombros que antigamente diziam ter visto e ouvido....
Havia uma casinha pequena e velha, de madeira, na Rua Florêncio de Abreu número 1.612 de propriedade de meu pai,Carlos José Rousselet.Foi alugada para muitas pessoas.Inicialmente para o Sr.Augusto
Meneghetti , estafeta do correio, junto ao trem de passageiro,fazendo o transporte de correspondência de ida e volta dos Correios junto ao carro do correio do trem.Fazia o trabalho de gaiota puxada por cavalo.Tinha muitos filhos.Do primeiro casamento,,Santo,João Pedro e Cacilda ,e, do segundo matrimônio, Benjamim,Jorge e Abel.Sua esposa Rita Dallmazzo.Nas horas vagas sentavam num banco que havia do lado de fora da casa .Ele, barrigudo,usava uma guaiaca com fiveela de dente de porco.Ela magra e alta.Muitos inquilinos se sucederam: José Dallmazzo, Irmãs Tiquieza, Emitério e outros.Até que em 1945 meu pai vendeu a casinha para o Sr. Capitão Francisco Osório da Silveira, então sargento.Este morou ali muito tempo.
Este me contou que naquela época , ele, seus filhos, esposa e sogra viam coisas extranhas!
Viam, à tardinha, aquele italiano gordo, de bombacha com uma guaiaca com fivela com dente de porco, em companhia de sua esposa magra e alta ,(há muito tempo falecidos e que ele não os conheceu)sentados num banco de madeira ao lado da casa. À noite, às vezes ,parecia a casa levantar e balançar no ar.
Uma luz corria à meia noite. Caia uma moeda no assoalho e fazia barulho.
Á altas horas da noite,, ouviam passos de uma pessoa caminhando ao redor da casa.Á tarde, a parede da casa do lado Norte balançava e rangia uma taboa.
Diziam que aquele local havia sido um cemitério antigamente , onde os velhos políticos “coronéis” mandavam enterrar os seus adversários políticos assassinados, alguns por degola.
O então sargento e hoje capitão, mais tarde desmanchou aquela casa e construiu no lugar outra de material, mas, o fenômeno continuou com aquelas aparições para ele e sua família.
Tempos depois, meus filhos, Carlos Augusto e Maria da Conceição, e, meus amigos Wily e Maria também moraram nessa casa e nada viram de anormal ,ou, de assombros, durante o tempo que lá estiveram.
Parece que não é para todos que os fantasmas aparecem....
Meu velho amigo Olívio Plilau dizia que o “lobisome sabia para quem ele aparecia”...
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