O DESABAMENTO DO PRÉDIO ANEXO AO SUPERMERCADO WEINERT
No então fim da Avenida Brasil,seguindo pela Avenida. das
Tropas, hoje Avenida. Getulio Vargas, havia um grande barrocão no sentido longitudinal, onde segundo nos contou o Sr
Miguel Lemos,marido da professora Zelina
Monteiro, o Cap. Luiz Carlos Prestes,
para se antepor ao ataque das forças do Corpo Provisório, constituída de 200
homens bem armados de mosquetão e
comandados pelo Coronel Quinzote, estendeu linha de frente com 500 a
600 homens entrincheirados no barranco da barroca portando fuzis de
taquara porque não dispunham de
fuzis verdadeiros.Era a tardinha,já
quqse escurecendo e há uma certa distância,este coronel,, , vendo aquela
quantidade de soldados aparentemente bem armados, parou, pensou e resolveu , e,
deu meia volta com seu regimento para evitar a derrota certa..e marchou em
retirada.
Alguns anos mais tarde, numa “espelunca” que havia ao lado
do hoje Colégio Centenário o futuro bandoleiro Silvino Jacques,, após dúvida de
um companheiro de cervejada , furou o telhado do prédio com um tiro de 38.A
patrulha da brigada que estava por perto, tentou desarmá-lo (o que é a pior
ofensa para um gaúcho).Alí matou um brigadiano .Em sua fuga para a costa do rio Uruguai, saiu
pela barroca, onde matou mais um policial ,iniciando sua triste sina de
bandoleiro famoso.
Tempos depois, quando
eu tinha 8 a 9 anos de idade, entrei naquele barrocão, descendo por um monte de
serragem para brincar.Não podendo sair,
porque meus pés afundavam na serragem pedí a um gaioteiro que
passava, que me auxiliasse.Este prontamente me ajudou, mas ,foi contar para o compadre Marasquim, que levou
quentinho para meu pai.Quase entrei para o laço.
Vinte anos depois, meu irmão Eng.José Carlos Rousselet fez a
planta e administração da construção de um prédio do Sr. Oswaldo Stangler na
esquina da Av .Brasil com a Av. Getúlio Vargas.Este, após encher os alicerces e
levantar o embasamento até o nível da rua, bastante alto, me disse lá no
escritório da firma que eu dirigia, que, encheu os mesmos de terra e deixaria por uns
seis meses para que a chuva socasse a mesma.Era melhor do que o uso de
socadores manuais.Fiquei muito admirado.
Esse aterro, porém,, durou mais de sessenta anos.Acredito
que essa barroca, com as técnicas modernas de construção terá seu derradeiro capítulo, finalmente.
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