BIOGRAFIA

BIOGRAFIA

Nasci  em  Santa  Maria da Boca do Monte em 24 de setembro de 1928.

Morei  em companhia de minha família em  São Luiz Gonzaga  até os 4 anos de idade .  Cheguei aqui de muda  em 1932, em plena Revolução Constitucionalista,morando com a nossa família no Povo Velho (ou Brasil) por uns dois anos, nos mudando  para o Povo Novo (ou Alemanha).Morei com minha família por uns dois anos  numa casa do  Sr.Vedekin ,onde  era  a Bomboniere Chatz,antes  Fábrica de  Balas  Kegler ,posteriormente,  Zimerimermann, na  Rua Marechal  Floriano.Seguimos  logo a morar na Rua Florêncio de Abreu, 1518,onde residimos por  20 anos.Saí dalí um ano apos meu casamento  aos 27  anos, já  em  companhia de minha esposa  para o apartamento de número 1286, da Avenida Brasil .primeiro piso,onde  residimos há  61 anos,grande parte dos quais, em companhia  dos  filhos.Nesse entretempo, morei, quando guri  em Porto Alegre por mais de um  ano.

Frequentei  por  um   dia o Colégio Centenário. Estudei o primeiro ano primário ne Colégio Beata Tereza  Verzeri .Completei  o Curso Primário  no  Colégio Duque de Caxias, da grande professora  Zelina  Monteiro  Lemos.Lecionava  quase  todas  as  matérias para quase todas as classes.Em 1941 matriculei me no admissão e logo ingressei no Curso Ginasial do Ginásio Santo Ângelo, concluindo-o em 1946.

No ano de 1947 fui estudar em Porto Alegre no Colégio Anchieta, dirigido pelos padres  jesuitas onde   me   inscreví  no Curso Científico.Ótimo educandário e professores-, na época considerado o melhor  colégio  do Estado.Deixei de estudar  lá  em 1949-50 retornando de Porto Alegre doente do pulmão e bastante  mal.Foi a maior dádiva  que Deus  me deu,auxiliado pela minha mãe,ter vencido os terríveis bacilos de Koch da  Tuberculose-um inimigo invisível,difícil de combater-numa época em que os recursos médicos eram poucos e a discriminação era grande(é uma história a ser contada  separadamente).Após ter debelado a doença voltei  a Porto Alegre  matriculando –me no colégio Julio de Castilhos.Ai minha mãe,porém, adoeceu e tive de devolver a ela parte do que ela fez por mim.Por isso retornei  e  me matriculei no curso Técnico de Contabilidade  no Colégio  Maristas.

En quanto me tratava viajei um ano com meu pai como viajante comercial.E me matriculei na Escola Técnica de Comércio de Santo  Ãngelo, formando me na mesma escola. Técnico de Contabilidade.Fui trabalhei  e me associei  à firma de construçõs de meu irmão Eng.José  Carlos Rousselet.Aprendi a desenhar plantas de casa.Assumi  a direção do escritório,praticando a profissão de contabilista com o grande profissional SiegfriedRitter.Exerci diversas atividades durante a vida.

Fui  presidente do Gremio  dos  Estudantes de Santo Ângelo.Participei ativamente da  politica pelo Partido Libertador.Fui primeiro delegado Municipal do SESI organizando todos os serviços que hoje existem.Fui presidente  da Acisa  nos conturbados anos 1962 e 1963.

Industrialista, sendo um dos diretores e fundadores da Indústria de Adubos e Oleos Missioneira Ltda.

Agricultor ,tendo efetuado plantações de tungue e mamona,trigo e soja com lavoura extensiva.

Criador  :instalei um aviario com dez mil poedeiras,criação de porcos de raça e sempre algum gado leiteiro.

Exercendo  sempre,durante muitos anos,paralelamente a profissão de vendedor de

adubos, calcários e inseticidas.

Filho de Carlos José Rousselet e Maria  Conçeição  Rousselet,casado com Maria  Krejci R ousselet.Meus  filhos são,Maria da Conçeição,CarlosAugusto,Carmem Regina,Tania Jussara,Sandra Beatriz e Daniela Cristiane.Temos  15 netos  e 11 bisneezes.

Leitor assíduo, sempre desde  rapaz,lendo  muito sobre Historia Universal,acompanhando sempre os assuntos  contemporâneos,  vivenciados no nosso país e no mundo.Participando sempre de atividades de interesse da comunidade-eu e minha esposa fomos duas vezes presidentes do Lions Clube Santo Ângelo Centro,nos  partcipando  em  diversas  campanhas de serviços  de  interesse público .Ultimamente  lancei um  livro i entitulado ”Santo Angelo  que eu conheci’’,e outro de título Emigrantes Alemães e Italianos – Perseguição na Era Vargas em colaboração com Helmuth Rosenthal , escrevendo  coluna  nos  jornais O Mensageiro e A Tribuna.Isso a partir dos 81 anos.

Nos últimos anos tornei me  Orquidófilo plantando  Orquideias  entre as pedras  do  caminho ,e, contando histórias  do  passado...

AS LUMINÁRIAS DE MINHA SOBRINHA BÁRBARA

CAUSOS  ANTIGOS

AS  LUMINÁRIAS DE MINHA  SOBRINHA  BÁRBARA

Quando estive em  visita  à loja de iluminação de minha  sobrinha  Bárbara Krejci , à Rua Marquez do Herval  esquina com a Marquez de Tamandaré fiquei encantado  com as maravilhas de  lustres  pendentes e arandelas  de diversos tipos e variedades de objetos elétricos  e   de ornamentação em geral,tais cono abajures,luminárias de cabeceira e de chão e de outros  enfeites em geral.Mercadorias   finas e de primeira linha  de um modo geral,acessíveis  para  todos os gostos  e classes.Sempre  com boas condições de pagamento.

Alí,recordei,então, de uma história antiga de família ocorrida em Santiago do Boqueirão:Meu bisavô Cândido Genro ,,morava na sede de sua fazenda  em sua bela morada,hoje é uma praça da cidade.Espôsa e filhas de um agregado seu,morador de um fundo de campo,estiveram em visita  à sua patroa , Dona Licéria Genro,ficando extasiadas com o que viram em sua morada.Chegando de volta em casa ,contaram ao marido que viram um candeeiro pendurado no teto. A primeira filha corrigiu  dizendo que era  um lampadário,; a outra redarguiu,dizendo que era  um palampário.Ao que o marido completou:  siás burras – não é   lampadário,nem palampário! É  UM RELAMPEJO  Ele que se considerava um homem “letrado,”,retificou e deu   a definição  certa....

Essa foi a lembrança que tive ,quando vi  a bela loja de minha sobrinha, que muito bem  nos recebeu,e nos mostrou tudo de lindo que ela tem em seu estabelecimento.

Ao  mesmo  tempo aproveitamos para matar a saudade da sobrinha e conhecer melhor seu marido  Diego Pereira  ,e bem  como sua  LOJA  ILUZTRE!

A fuga do meu Tio Avó João Nunes Pereira

A fuga do meu Tio Avó João Nunes Pereira

Irmão do Vô Quirino(Contribuição de PerrySommier Pereira)

O nosso Tio Avô João Nunes Pereira, que tinha fama de “maçarico” por seu muito afoito e namorador, - na verdade era assanhado mesmo, - certa feita foi em um baile lá na Palma e tirou uma moça para dançar, a qual tinha noivado um dia antes do evento e estava aguardando a chegado do noivo que estava um pouco atrasado...

Quando o noivo chegou e avistou a sua noiva rodopiando no salão, de imediato meteu a mão na cintura e foi ter com o conquistador João que dançava no meio do salão tranquilamente e quando viu o alvoroço e até certos gritos de “deixa disso”, não teve dúvidas pulou pela janela e montou rapidamente na égua ainda maneada e a açoitou e saiu estrada a fora ouvindo o noivo ultrajado dizendo; - João nosso primeiro encontro te prepara porque vai ter...   

Coitada da égua maneada que foi pulando por uns cem metros, até que ele apeou e desamarrou as patas do animal e pode ir embora.

Passados uns três meses se encontraram num corredor e o noivo que era bastante arrogante gritou com a mão na cintura; JOÃO, hoje UM DE NÓS FICA AQUI... E o Tio João disse; - Pois então que fique tu porque eu vou correndo na venda buscar arroz e banha que está faltando lá em casa. E passou o rebenque na sua égua novamente e se foi. Passaram dois anos e meio, fizeram as pazes a pedido de um militar do 3°RC que era intimo amigo dos dois. Não se trata de conto nem de causos e sim de coisas reais que acontecem na vida.

Histórias Pitorescas

Histórias Pitorescas

Uma historia pitoresca que me foi contado pela senhora Clady Balestreri, secretária do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital de Caridade de Santa Maria.

Ela é natural da pequena localidade de Caiby, em Santa Catarina, quase confrontando com Iraí, do lado de ca do rio Uruguai, a qual me contou a seguinte historia verídica:

Dois casais de alemães deixados juntos à foz do Rio Uruguai. Subiram-no não sei por que meio, indo se estabelecer na outra margem do mesmo, confrontando com Iraí, local chamado de Passarinho. Um dos casais estabeleceu-se no alto de um morro e construindo uma casa muito bonita em forma de um castelo, por isso chamada pelos turistas que lá aportavam de “castelinho”.Era construída toda de madeira aplainada, quadrada. Todas encaixadas e presas com tornos de madeiras. O interessante é que não foi usado um prego.Conheci esse castelinho num passeio de lancha pelo riu Uruguai, quando veraneava em Iraí.O outro casal foi morar perto de Caiby-colonização italiana, em Mondai,

 junto ao Rio Iracema (afluente do Rio Uruguai), seus moradores eram todos alemães e seus descendentes.Seus nomes eram Frida e Rolf.

Quando o Brasil declarou guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e começou a perseguição aos Alemães.Esse casal entrou em pânico, por não saberem falar o português.Embrenharam-se mata dentro, indo morar num lugar de difícil assesso, próximo ao Rio Iracema.Somente vinham ao comercio, talvez ate Mondai, para fazer as compras que necessitavam, de canoa.Retornando para casa assim que podiam.

Os anos se passaram celeremente, ate que numa volta de conversa, sempre em alemão, no ano de 1989, tomaram conhecimento de que a grande guerra havia acabado, e que poderiam falar livremente o alemão, e, que todos no Brasil estavam integrados numa comunidade só, podendo ir e vir para onde quiser e a qualquer lugar.

Ficaram muito alegres e aliviados...

Porem, e a Policia?Perguntaram...

Aquela Policia e aquela  Ditadura não existia mais, caíram. Vivemos hoje no Brasil numa comunidade só-alemães, luso-brasileiro, italianos, poloneses, franceses árabes, negros, etc...

-Então, disse Rolf, - Frida, poderemos voltar para cidade, de novo... E assim fizeram, com um final muito feliz para ambos.

É de fato uma historia muito pitoresca, em pleno século 21...

Escola municipal Aparício Antunes

             Escola  municipal  Aparício  Antunes

Localizada na cochila bonita rincão dos Mendes.

Doador de meio hectare para a construção da escola: Nicodemos Ternes - então proprietário da área e residente em Rondonópolis, Mato Grosso.

Essa terra foi vendida para Antonio Carlos Rousselet que negociou com Pedro  Everling, que a vendeu para senhor De  Zem.

Inaugurada em 1970, moradores antigos ainda  vivos que  poderão  testemunhar:

Antonio Carlos Rousselet e Avenida Brasil 1286

Arlindo  Bettker morador do rincão dos Mendes.

Abilio  carmelutti  morador perto da Uri.

Nerci Ribeiro  morador da vila  Pippi.

Dallarosa  morador da vila  Pippi.

Essas  pessoas poderão  testemunhar que a Prefeitura  tem  mais  de  40 anos  de  posse de terra.

N.B.: Essa  área que Nicodemos Ternes  comprou do senhor Emilio  Weinerth .

Talvez o Daltro  Amaral (filho de Neri Amaral) que era o  lindeiro  mais  antigo  talvez  sirva  de testemunha.

ASS: Antonio Carlos Rousselet.

55-(8413-7276).

       INAUGURAÇÃO DE COLEGIO APARICIO ANTUNES.

 

Localizado no local cochila bonita no rincão dos Mendes numa esquina triangular doada pelo proprietário de uma área maior e de meio hectare de terra.

Mais tarde Antonio Carlos Rousselet comprou o que restou dela.

Foi uma festa com muita musica e churrasco promovida pela comunidade, com bastante chope. Recordo que fui cobrar a execução de um aviário que eu havia pagado adiantado a um polaco de nome Alexandre por 4.500 reais, após todos terem tomado muitos copos de chopp.

Disse-lhe: Polaco sem vergonha! Porque não vais executar o serviço que tratamos e que te paguei adiantado! E se arrancou sua faca e desferiu uma facada que pude desviar com a mão esquerda.

Nisso, dois moradores de má fama e que haviam cometido assassinatos por defesa própria e que eu havia procurado defender na justiça, pularam nele de adaga na mão dando-lhe alguns pranchados.

A esposa desse polaco pediu para que defendesse seu marido, no que atendi prontamente, procurando apartar a briga.

Este polaco para defender sua vida pega uma criança no colo e correu a estrada a fora...

Um dos bandidos, coçando a grande barba comentou: é! Pedir briga é mesma coisa que pedir para apanhar.

A festa continuou normalmente até o entardecer.

Antes e depois da Ponte

Como se forma um contador de histórias?

Como se forma um contador de histórias?

Entre um chimarrão e outro buscamos compreender porque Antonio Carlos Rousselet é um contador de histórias. Mesmo não sendo um professor de história, letras ou jornalista de profissão, pretende, em breve, concluir mais um livro e continuar dividindo suas memórias conosco.

 Rousselet é um ilustre morador de Santo Ângelo que completa 87 anos na próxima semana. Em sua casa, fomos recebidos por Maria Krejci Rousselet, a esposa com quem teve um filho homem e cinco filhas mulheres. Fomos à varanda, onde sob a luz natural repousam quase uma dezena de orquídeas floridas. Sentamo-nos, e logo aparece Rousselet, com a ajuda de um andador vem até a poltrona preparada ao nosso lado e demonstra atenção. Com olhar sereno e postura de respeito por nosso interesse, logo se dispõe a falar de sua compreensão da história.

Roussellet não faz mistérios e nos conta que já plantou soja, tungue – (Vernicia fordii tug), criou gado, 10 mil galinhas poedeiras, uma indústria de fertilizante e óleos, se formou no Ginásio Santo Ângelo no curso que era chamado de “Escola do Comércio” e trabalhou diretamente com Siegfried Ritter, na opinião de Rousselet, o melhor prefeito que Santo Ângelo já teve até hoje, além disso, considera um grande contabilista autodidata que muito lhe ensinou.

O entrevistado é descendente de imigrantes franceses e chegou a Santo Ângelo com quatro anos de idade. Assistiu a explosão demográfica do município, desde a implantação da Estação Férrea (na sua opinião a obra que mais impactou na expansão do município) até a presente cena política que domina Santo Ângelo. Mesmo com a dificuldade imposta pela idade, faz questão de dividir suas memorias. Percebeu ainda jovem que a compreensão obtida com a informação dos contextos políticos e econômicos, ajudava as pessoas da comunidade viverem melhor e com mais consciência. A lição foi obtida observando a postura do pai, Carlos José Rousselet, e do avô, Major Quirino Nunes Pereira.

Ele conta que o avô Quirino era professor e secretário particular do Senador Pinheiro Machado, escrevia os discursos do político e participou da campanha republicana. Seu pai, Carlos José Rousselet, tinha relação com diversas pessoas na região no tempo em que não existiam rádios locais e muitos imigrantes eram fanatizados pelas ideias de Hitler, como caixeiro viajante que era, obtinha informações privilegiadas e neste trânsito, além do comércio de seus produtos, desempenhava a função de mensageiro de notícias econômicas e políticas.

O gosto pela comunicação social veio deste contexto. Além disso, Rousselet chegou a Santo Ângelo num tempo onde as oligarquias ainda imperavam. Sentia que os pequenos comerciantes e empresários eram oprimidos pela força de algumas famílias. No seu entendimento a informação liberta e através das notícias era possível contribuir com o progresso de Santo Ângelo.

Naquele breve instante em que conversamos, concluímos que o desejo de uma cidade mais próspera e melhor de se instalar mantém viva a chama da comunicação em Antonio Carlos Rousselet, pode ser este o motivo pelo qual tem forças para participar de mais um projeto literário aos 87 anos.

Rousselet já escreveu dois livros, o primeiro deles leva o título “Santo Ângelo que conheci”, o segundo narra a perseguição aos colonos alemães e italianos na era Vargas, mas quem acha que ele está inativo se engana, agora prepara mais um lançamento: “Santo Ângelo que Conheço, título que vem seguido da palavra francesa – C’La Vie – (representa vida em Frances)

O LIONS CLUBE SANTO ÂNGELO CENTRO

O LIONS CLUBE SANTO ÂNGELO CENTRO

Participei por trinta anos  e fui sócio fundador com minha domadora Maria , do Lions Clube Santo Ângelo Centro.Fomos presidentes cem por cento por duas vezes.

Participamos de muitas excursões  e convenções dos clubes de nossa jurisdição,tais como Ijuí Santa Rosa,Cruz Alta,Porto Xavier,,Três de Maio,São Luiz Gonzaga,São Borja, Uruguaiana,Santana do Livramento, Irai ,etc Nosso clube foi fundador dos Lions Clube de Passo Fundo,Jjui,Cruz Alta,São Luiz Gonzaga,Santa Rosa Giruá, Santiago, Santo Ângelo Tiarajú,Cerro Lasrgo e  Guaraní  das Missões Nesse trabalho, entre outros,destacaram-se os companheiros Reinhart Flasch e Claita( associaram-se em 1961) Ernesto Beschler,Edson Fonseca,Guido Emmel, Luiz MorariArlindo Martins Henrique Schults, Luiz Alberto Azevedo,João da jornadas Fortes,Tenente Alípio, e muitos outros.

“Construindo o futuro através do Serviço”

É o lema do clube que eu e minha domadora Maria servimos  durante 30 anos e ajudamos afundar. Ali vivenciamos na prática que a felicidade está em dar e não em receber.Muitas e profícuas amizades fizemos.Diversas cidades percorremos pregando o leonismo.Muitíssimas pessoas conhecemos em diversas cidades.O grande artífice de nosso clube foi o saudoso companheiro Henrique Schults, que trouxe de São Leopoldo a missão quase divina de fundar o Lions Clube Santo Ângelo Centro trazendo para  as Missões noroeste e grande parte da Fronteira e centro norte do Estado.Numa memorável reunião realizada nas dependências do café e  Hotel Maerkli no longícuo ano de 09 de novembro de 1957, sob sua direção , foi fundado o Lions  Clube Santo Ângelo Centro  com a participação  de muitos  membros de nossa sociedade com expressiva,  liderança  da comunidade, principalmente do comercio e  industria, forças armadas, enfim todas as classes  produtivas de nossa cidade. Ali representada..O Dr. Guido Emmel foi seu primeiro presidente.O clube de São Leopoldo foi nosso padrinho.Nosso clube desenvolveu-se num crescendo permanente.Muitas campanhas de interesse da comunidade e de auxilio filantrópico promovemos.

Construímos o prédio do Corpo de Bombeiros, Relógio do Sol e auxiliarão da ampliação e reforma da Casa do Escoteiro. Com a venda de um terreno destinado a uma Vila mal sucedida, e de outras campanhas, o Clube construiu a sede própria.

Dr. João  Rodrigues, Carlos Roney e Leovegildo  Berté foram governadores do Distrito L 9.O clube criou um Léo Clube com muitos membros.Foi eleita Presidente do Clube Dna. Iara Fortes, imprimindo grande desenvolvimento nas  atividades.

Ordem Rosa Cruz

A milenar OrdemRosaCruz, através  de seus membros esta presente em Santo Ângelo desde 1960. A sua sede social é ate hoje Florêncio de Abreu em prédio próprio. Inscrevemos-nos Há quase 40 anos quando funcionava em prédio alugado. Fui o primeiro mestre a ser empossado nesse novo prédio próprio. Foi na minha gestão como monitor regional que o Pronal foi promovido a Capitulo posteriormente fui mestre de capitulo e novamente de Pronaos e diversas vezes capelão.

  Participei junto com muitos outros membros da aberturas do alicerces e construção do prédio ate seu final auxiliando os pedreiros no serviço no transporte de materiais.

Devo relatar a titulo de historia nos reunimos no final de semana para marcar e fechar as divisas dos terrenos inesperadamente o capitão Francisco Osório da Silveira acompanhado de seus filhos Joseph e Davi e pedreiro Ledovino Masee, trazendo uma retro escavadeira para marcar os alicerces e aberturas dos mesmos. Eles foram marcados e abertos, foi dada a ponta pé para inicial da construção e não parou ate seu final!

Muitos foram que contribuirão com dinheiro e outros serviços correlatos. Não citarei nomes de ninguém para não esquecer nomes de ninguém. Os que participarão quase dos 40 anos foram inumeráveis. Cadê um feito sua parte.

Estiveram os membros sempre presentes e participando de atividades na cidade de Santa Rosa, Ijui, Cruz Alta e Passo Fundo.

Atualmente mestre do capitulo é a senhora Vera ribeiro. Monitor regional Carlos Assunção, represente da Grande Loja e Grande Conselheiro o Capitão Aloísio Gerson da Rocha

( estes artigos substituem os anteriores)

BODAS DE DIAMENTE

PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO

PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO

Há bem pouco tempo atrás houve um  plebiscito na Grã  Bretanha  para que o povo então consultado decidisse sobre si continuaria participando da União Européia, ou se tornaria totalmente independente.O Primeiro Ministro fez campanha e apoiou  a permanência no Bloco mas, a maioria do povo decidiu pela a saída da União Européia e do Mercado Comum Europeu. Motivado pela  derrota ,o Primeiro Ministro anunciou que se demitiria  da direção do país. Em 20 dias já escolhido pelo Parlamento e empossado o novo governo do Partido Conservador  a favor da mudança da posição do pais, e toda a administração seguiu NORMALMENTE.

No Brasil imperial  para que o Duque de Caxias pudesse assumir a direção da guerra do Paraguai foi necessário uma  mudança  de partido na direção do governo na governança na direção do pais, o que ocorreu normalmente assumindo  a  administração  da nação o partido a que pertencia Caxias.O Brasil então, pode  normalmente vencer a guerra.

Na Segunda Guerra Mundial, para que o Sr. Winston  Churchill  assumisse a  direção do governo da Grã Bretanha , de vez que ele era um homem com  prática de guerra, em substituição ao Sr. Chamberlain  era um pacifista. O Parlamento aprovou a mudança de governo sem maiores problemas. O Sr. Churchill assumiu  o poder e levou os Aliados à vitória sobre o nazismo , numa mudança de posição.

Enquanto Roma ardia em chamas,  Nero tocava harpa e se divertia com seus amigos e áulicas, há mais de mil e quinhentos anos  atras. Aqui  em nosso pais, nosso ex presidente  Lula discursava e se vangloriava junto de sua sucessora,contando dos  grandes feitos de seus governos em todos os setores – só faltando dizerem que o Brasil não existiu antes de Lula e que seus opositores querem destruir tudo o que de bom  que  eles fizeram para o povo em geral:Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, etc....Nosso povo se sacrifica e se desespera com a inflação, alto custo de vida DESESPERANÇA e desemprego(11.000.000 de desempregados) e empresas fecham suas portas. A Petrobras se dilacera  e se afunda em dívidas e escândalos.O Procurador Geral  da República, em alto e bom som acusa Lula de ser o mentor da roubalheira.

Tentando sanar essa crise política e financeira  em que o Pais foi jogado pelos seus maus governos o Congresso Nacional fez um processo de impeachman , por diversos crimes por ela cometidos como um todo, previsto s  na  Constituição.O processo foi aprovado por maioria de votos tanto na Câmara como no Senado por três vezes. Ela foi afastada do cargo  ,julgada inapta para conduzir a Nação. O processo iniciou e se arrasta há 8 meses.Agora ela entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação do impeachman.Enquanto no presidencialismo do Brasil  é um trauma dramático que parece um fim do mundo, que atrapalha e atrasa o novo governo a tomar as medidas urgentes necessárias para tirar o pais da crise em que se encontra, a substituição de um governo por outro em qualquer nação do mundo ,principalmente  os parlamentaristas , é uma coisa normal, e sem delongas Os Estados Unjdos tiveram ao longo da sua histórias dois impeachman,sendo o último contra Nixon, que se conformou com a punição pelo Congresso, tendo se despedido de seu eleitorado.Um pais não pode parar por causa de uma mudança governamental.Aqui nós todos assistimos  apreensivos sem saber o que vai acontecer,, numa situação de insegurança... A ex presidente alegando sempre que foi vítima de um golpe, querendo passar para a História por mártir, quando toda a população brasileira sabe  que ela fez um mau governo, deixando a corrupção  correr  livremente, participando dela ocultamente, quase paralisando a nação,ocasionando uma crise política e econômica jamais vista até hoje,,

Ela deveria ter um mínimo de dignidade, conformando-se  com a nova situação, de vez que a História não tem volta. O Brasil é um  pais rico e seu povo é trabalhador, e saberá  superar essa crise e voltar a crescer.

O DESABAMENTO DO PRÉDIO ANEXO AO SUPERMERCADO WEINERT

O DESABAMENTO DO PRÉDIO ANEXO  AO SUPERMERCADO WEINERT

No então fim da Avenida Brasil,seguindo pela Avenida. das Tropas, hoje Avenida. Getulio Vargas, havia um grande barrocão no sentido  longitudinal, onde segundo nos contou o Sr Miguel Lemos,marido da professora  Zelina  Monteiro, o Cap. Luiz Carlos Prestes, para se antepor ao ataque das forças do Corpo Provisório, constituída de 200 homens bem armados de mosquetão  e comandados  pelo Coronel  Quinzote, estendeu linha de frente com 500 a 600 homens entrincheirados no barranco da barroca portando fuzis de taquara  porque não dispunham de fuzis  verdadeiros.Era a tardinha,já quqse escurecendo e há uma certa distância,este coronel,, , vendo aquela quantidade de soldados aparentemente bem armados, parou, pensou e resolveu , e, deu meia volta com seu regimento para evitar a derrota certa..e marchou em retirada.

Alguns anos mais tarde, numa “espelunca” que havia ao lado do hoje Colégio Centenário o futuro bandoleiro Silvino Jacques,, após dúvida de um companheiro de cervejada , furou o telhado do prédio com um tiro de 38.A patrulha da brigada que estava por perto, tentou desarmá-lo (o que é a pior ofensa  para um gaúcho).Alí matou um  brigadiano  .Em sua fuga para a costa do rio Uruguai, saiu pela barroca, onde matou mais um policial ,iniciando sua triste sina de bandoleiro famoso.

Tempos  depois, quando eu tinha 8 a 9 anos de idade, entrei naquele barrocão, descendo por um monte de serragem  para brincar.Não podendo sair, porque meus pés afundavam na serragem pedí  a um  gaioteiro que  passava, que me auxiliasse.Este prontamente me ajudou, mas  ,foi contar para o compadre Marasquim, que levou quentinho para meu pai.Quase entrei  para  o laço.

Vinte anos depois, meu irmão Eng.José Carlos Rousselet fez a planta e administração da construção de um prédio do Sr. Oswaldo Stangler na esquina da Av .Brasil com a Av. Getúlio Vargas.Este, após encher os alicerces e levantar o embasamento até o nível da rua, bastante alto, me disse lá no escritório da firma que eu dirigia, que,  encheu os mesmos de terra e deixaria por uns seis meses para que a chuva socasse a mesma.Era melhor do que o uso de socadores  manuais.Fiquei muito admirado.

Esse aterro, porém,, durou mais de sessenta anos.Acredito que essa barroca, com as técnicas modernas de construção terá seu  derradeiro capítulo, finalmente.

DON STANISLAU AMADEU KREUTZ

DON STANISLAU AMADEU KREUTZ

 AMADO PASTOR

2]   BISPO DIOCESANO  DE SANTOÂNGELO, NOMEADO EM  21  de dezembro de 1974  para dirigir a Diocese da Região Missioneira

Nascido em  primeiro de julho de 1928 em Santo Cristo, onde passou a infância e a juventude.

É um amado pastor, condutor de almas irmão na fé e amigo. Homem que transmitia tranqüilidade com sua presença..Grande cultura. Conhecedor profundo de Religião e  História .Gostava de falar em Frances.

Prestador de serviços á comunidade e a Diocese.

Falecido em em 6 de julho de 2.014, deixando grande lacuna em mosso meio.     

CAMPO DO ELITE CLUBE DESPORTIVO E PRAÇA RIO BRANCO

CAMPO DO ELITE  CLUBE DESPORTIVO E PRAÇA RIO BRANCO

Em1920 – 1921 Esse logradouro público era o campo do Elite Clube desportivo, muitas e memoráveis partidas ali foram realizadas, inclusive assistidas por minha mãe.Com a mudança de local desse campo para a Av.Brasil tornou-se

PRAÇA RIO BRANCO

Nome em  homenagem  a  esse grande diplomata brasileiro  a quem nós devemos ser brasileiros e não argentinos.Ele venceu na Corte Internacional de Haia todas as esperanças argentinas de reaver as Missões.

Em 1935  já com suas  escadas e  passeios calçados foi inaugurado o ”APOGEU FARROUPILHA”, monumento com placa  metálica com o busto de Bento Gonçalves, como homenagem ao Centenário da Revolução  Farroupilha.Solenidade com a presença de autoridades e a Banda de Música  do Quartel .Assisti a solenidade aos  sete anos de idade.Depois, nós gurizada, seguimos a Banda em retorno ao quartel  até a Drogaria Amaral marchando,também.

Em 1946 o monumento foi desmanchado e construído em seu lugar um quiosque com bar e restaurante com suas mesas .Era o Bar Copacabana, de propriedade do  Sr.Ranconi

Hoje é a sede da A.A.P.A.S.S . Na frente funciona “o Palco de artistas,músicos e declamadores e schows. A Praça mudou seu nome para  Praça Lônidas Ribas.

BRIQUE DA PRAÇA

Por iniciativa dos amigos 

Dalmir  Ledour  e Clara Emília,bem como outros participantes, começou a funcionar no calçadão dessa Praça o “Brique  da Praça”  ,à semelhança de Porto Alegre e outras cidades Veio para ficar ,com seus  stands de artesanato,venda de animais domésticos e outras coisas congêneres.Ali vendem suas

 prduções próprias aos domingos de manhã até às 13 horas.Tem diretoria e regulamentação própria e dirige as atividades artísticas.A população com seus familiares acorre em grande número.Alguns trazendo seus chimarrões e animais de estimação.Parece que vêem  para descontrair  de uma semana de trabalho e também para saber das novidades. O povo circula entre as barracas, parecendo os footings de antigamente...olhando os artigos e especulando os preços.

CONHECENDO O OUTRO LADO DO MUNDO

CONHECENDO O OUTRO LADO DO MUNDO

Meu neto João Carlos Rousselet Possani há muito tempo sonhava em conhecer a Austrália ,no outro lado do mundo, em viajem de estudos.

Desejava se aprofundar na língua inglesa, querendo falá-la fluentemente, tendo em vista progredir em sua profissão de técnico em informática., e,desejando conhecer outras partes do  planeta.

Tentando por em prática seu plano, vendeu o seu carro para obter dinheiro suficiente para lá passar um ano com recursos próprios .Tirou uma licença de um ano sem remuneração na multi nacional IBM.Essa empresa tinha interesse no seu aprimoramento profissional.Partiu para a Austrália (na Oceania) no outro lado do mundo, de avião, levando na bagagem o seu inseparável skate.

Após se inscrever e iniciar no curso,  procurou serviços para pagar a sua manutenção. Não escolheu  muito, pois, trabalhou de organizar eventos, jardineiro,auxiliar de pedreiro,trabalhos no setor elétrico,carregar e descarregar caminhões,ganhando sempre uma média de 200 dólares semanais.Não gastou o dinheiro que levou, trazendo uma economia de volta.

Esteve lá um ano e dois meses, fazendo amizade com pessoas de diversos países  do mundo, tais como,ingleses,franceses,espanhóis, portugueses,japoneses,coreanos, tailandeses, etc..

Esteve um mês de férias na Tailândia. Pais de paisagens e praias lindíssimas, onde deixou grandes amizades. Lugar onde o povo vive somente o dia de hoje,  porque,sabem que amanhã poderá ocorrer um tsunami, um terremoto, um vendaval, (tornado )ou, a erupção de um vulcão, pondo tudo por terra.

Na volta esteve nos Estados Unidos em visita a sua Irma  Andrea cunhado Glênio e sobrinha Larissa que lá residem. Os americanos  recebem e acolhem muito bem os brasileiros falando bem do Brasil.Retornando a seu trabalho na IBM ele trouxe alem de seu curso de especialização em lingua inglesa, essa experiência, conhecimento e vivência desse ano e meio de vida inesquecível. Comprou  novamente um carro e teve um aumento de salário na multifuncional em que trabalha.

Foi uma viajem com um final muito feliz junto de seus pais,irmãos e avós .Foi uma fantástica experiência de vida, pois, realizou tudo que ele sonhava até aqui. 

FOTO ANTONIO E MARIA A CAVALO

RESTINGA SECA

OS DISTRITOS DE  SANTO Ângelo

RESTINGA SECA

Restinga Seca  é um dos  distritos de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul..Situa-se a noroeste  da cidade.Limita-se com os distritos de Atafona, Burití,União  ,Lageado   Micuim Cristo Rei,Rincão dos Roratto, e com a área urbana.O distrito possui 416 habitantes, conforme censo de 2.010.Sua área é de 76 há. Quadrados.

Criado oficialmente pela Lei Municipal 815 de 25 de setembro de 1984.

Cursos dÀgua  Arroio Burití,Arroio Schultz, Lageado Atafona .

Possui uma igreja  Católica e uma escola de ensino fundamenta.

O nome do distrito originou-se  do aspecto físico e geográfico do local. Esse nome foi dado pelos pioneiros da localidade, que eram em maior número de origem italiana, e, que começaram a se estabelecer a partir de 1910.Alí nasceram e viveram meus amigos e freguezes Agostinho Casarin,Hilário Casarin,Ezelvir Fiorin,,que foi o pioneiro no uso de calcáreo, que foi distribuído à pá.Alcides Avozani  Bronildo  Lavisch, Gildo Rossini,bem como o “poeta  caminhoneiro” Luiz Fiorin que puchou muito calcário para  minha firma A.C.Rousselet, Pedro Fiorin alambiqueiro e Leopoldino Moreira , chefe marato local, genro de Vergílio Pinto,lavoureiro, pecuarista,benzedor de lavouras contra diversos males,homem de visão e autodidata e de muitos conhecimentos.

Benzedeira Maria Luiza, famosa pr seus trabalhos e vidente.Servidora e estimada na comunidade.

Professoras Paulina e Edi ,                         antigas na comunidade.

O fundador do  distrito  de Restinga Seca foi o fazendeiro  Coronel Vergílio Pinto, tendo construído sua bela morada  em sua fazenda.Chefe político chimango  na localidade.Homem pragmático e de poucas palavras e escritos.Bondoso, mas, o que não dava para resolver por bem, logo partia para o uso da adaga.Amigo do Coronel Bráulio Olveira. Inimigo  do Coronel Pedro Arão,chefe maragato residente no Passo da Pedra, em Giruá.Participou,junto com seu filho, do Combate da ponte do Rio Ijui Grande, contra as forças de Luiz Carlos Prestes comandadas pelo Coronel Pedro Arão, acompanhando eles as  forças Provisórias do Coronel Bráulio de Olveira e do Sétimo Batalhão de Caçadores de São Oeopoldo.Dada a grande diferença de forças, obtiveram a vitória.

Os colonos  ou moradores do distrito,, que quisessem ter uma vida normal, teriam que pertencer  ao partido do Coronel, pertencer a religião dele e aceitar o voto de cabresto,, às vezes sem saber em quem tinham votado.Se usassem lenço  no pescoço, teria que ser branco de chimango, igual ao do Coronel.

Essa é uma rápida história de um dos distritos de Santo Ãngelo, onde tivemos muitos amigos e clientes durante mais de 50 anos.

Morada de Vergílio Pinto

DISTRITO DE COMANDAI

OS DISTRITOS DE SANTO ÂNGELO
DISTRITO DE COMANDAI
MILONGA DO CANTO TRISTE
Nasci no pampa sem dono
Cresci com a alma inquieta,
A vida me fez poeta
Fazendo versos sozinho.
Em madrugadas campeiras
Eu sonhei com mil caminhos.
Sonhei também um cavalo
Que nunca pude comprar
E na ânsia de chegar
Logo ao próprio destino
Eu vi serem destruídos
Os meus sonhos de menino.
Brinquei nos trilhos do trem
Da velha Comandai
No mesmo trem eu parti
Pensando um dia voltar
Trouxe a guitarra como companhia
Na solidão eu gosto de cantar.
Se dizem que meu canto é triste
Respondo que pouco me importa.
Meu canto é feito uma esperança morta
Meu canto fica enquanto a vida corre,
Meu verso é lágrima – é dor
E eu vou cantando assim como quem morre
Minha milonga é sempre em Mi menor,
Meu mate é só pra mim.
Nessa tristeza um dia eu ponho um fim
E hei de encontrar o amor que estou buscando,
Quando encontrar a china que procuro,
Quero de novo sentir que estou amando.
Aí, então, eu cantarei a vida,
Não deixarei nada pra depois.
Meu chimarrão será tomado a dois
E o meu porvir será de novo risonho.
Me tomaram tudo, mas eu sou poeta,
Continuo vivo e dono dos meus sonhos.
CLAUDINO DE LUCCA
I
Comandai é o maior dos remanescentes distritos rurais do município de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul. Foi criado pela Lei Municipal 388 de 1978. Situa-se a nordeste do território com uma área de 105,90 km quadrados com população de 373 habitantes (censo de 2010). Faz divisas com Sossego, Rincão dos Meotti, Rincão dos Roratto, Giruá e Catuípe. As primeiras famílias a se instalar na localidade chegaram à década de 1920. Alguns dos primeiros moradores foram o comerciante e fazendeiro muito rico José (Juca) B. da Silva, pai de Dario Silva, grande amigo de nossa família e meu amigo, e avô do dentista Luiz Carlos Silva. José era um homem muito estimado na região e na cidade.
Policarpo Oliveira cujo sobrado, faz pouco tempo, ainda estava de pé.
Onésio Belmonte Araújo pai do tradicionalista Edgar Araújo e seus irmãos, avô de Beto Araújo.
Nico Correa, morador antigo do distrito.
Augusto Copetti, pai de meu amigo Abílio Copetti e tio do ex-vereador e correligionário Virgilio Copetti.
O ferreiro Abel Lucca, pai de Jandira Simon, Claudino Lucca, grande poeta e declamador, João Carlos, Ana Maria, Luiz Carlos, Tina, Maria de Lourdes, e Tia Terezinha. Abel Lucca veio para a cidade para proporcionar melhores condições de educação para seus filhos. Aqui teve que começar a vida de novo. Venceu, criando e educando grande número de filhos. Fazia as ferragens para as construções de meu irmão Eng. Jose Carlos Rousselet.
Armando Lunardi, comerciante, filho de Torquato Lunardi, pai do Dr. Lunardi e avô do médico Maurício Lunardi. Seu filho tinha uma casa de comércio não Bairro Colmeia.
Fazendeiro Simão Chagas.
Comerciante Laurindo Pícolli, pai do agrônomo José Andre Picolli, fiscal do Banco do Brasil e lavoureiro de trigo e soja.
Claudino Picolli, pecuarista e pai de Edgar Pícolli, meu ex-colega, empresário, pecuarista e ex-diretor da Cotrisa.
Agrimensor e lavoureiro Ângelo Ferrazza.
O escritor e historiador Mário Simon, lá plantou trigo e soja junto com seu pai Augusto Simon e o agropecuarista Strapasson.
Os agrônomos e advogados José e Antonio Mello foram quem introduziram o Método Voisin de criação de gado e plantio direto em todo o Rio Grande do Sul e boa parte do Brasil.
Lavoureiros Hugo e Roberto Hass ali plantavam. Alfredo Leopoldo Fett e Frederico Orthmann foram pioneiros na plantação de tungue. Plantaram trigo e soja. Aos 86 anos ainda plantaram eucalipto e cana.
A Cotrisa instalou uma unidade na localidade e encampou uma pequena cooperativa que lá existiu.
O distrito possui o CTG A Volta dos Farrapos.
Em primeiro de novembro de 1928 inauguraram a Rede Ferroviária que corta o distrito, construída sob a administração de Luiz Carlos Prestes. Esse fato foi
de grande relevância, pois, desenvolveu bastante a economia local e regional. O ramal ficou conhecido como “Ramal de Ouro”, em razão da grande quantidade de mercadoria que transportava. A estação ferroviária sempre foi destaque, reunindo grande número de pessoas toda vez que o trem de passageiro ali chegava.
Existe lá uma das nascentes do arroio Itaquarinchim, a cascata do Comandai e o Balneário Cristal são pontos turísticos e local de acampamentos. Havia também o time de futebol Ipiranga Futebol Clube que costumava disputar partidas com os clubes da redondeza em memoráveis excursões feitas na boleia de antigos caminhões.
Ainda hoje é possível ver a antiga olaria do Sr. Stangler que teimosamente resiste ao tempo.

PRISÃO, JULGAMENTO E ABSOLVIÇÃO MORTE DE ARTUR ARÃO

PRISÃO  , JULGAMENTO E ABSOLVIÇÃO DE ARTUR ARÃO

Desejando  contar resumidamente  o começo do fim de Artur Arão, o maior bandoleiro do noroeste  gaucho , conforme conta Luiz Carlos de Mello em seu livro Artur Arão  -Mitos e Verdades –

Após  o término da Guerra do Xaco  resolveu voltar para o Rio Grande do Sul vindo , através  de Ponta  Porã,, Paraná e Santa Catarina resolveu mudar de vida  e ir morar na Argentina , com o último amor de sua vida , a Carmencita.Foi morar com ela numas peças que ele construiu junto da casa de seu pai em sua terra. Comprou uma junta de bois ,arado e sementes e começou a plantar..Mas, o triste destino  de bandoleiro  não lhe deu folga.A Gendarmeria  descobriu o seu paradeiro., e , uma grande patrulha de  gendarmes  foram atrás  dele.                                Teve de fugir para o Brasil atravessando o rio Uruguai de canoa,vindo desembarcar em Porto Mauá.Teve,então de reiniciar em sua vida de bandoleiro e assaltante.Comprou  e foi  trocando de cavalo com montaria.Foi procurar seu amigo o bolicheiro  Ruivo.Teve de conseguir recursos à “sua maneira” para pagar uma dívida que tinha com o mesmo de cinco contos de reis ,pois, este estava em grande aperto financeiro.Precisou de voltar a assaltar nas estradas.A Polícia e Brigada, tão logo tomaram conhecimento de seu retorno  para a região das Missões, iniciaram uma grande caçada.Em encontro com a brigada foi duas vezes baleado indo então a procura de seu irmão Pedro em São Miguel das Missões.Este acompanhou-o na fuga da polícia.Esconderam-se numa casa de pedra no meio do mato.Foram sitiados.Apontaram-lhes doze fuzis e lhes  deram voz de prisão.O capitão Seberino   ofereceu-lhe  garantia de vida e respeito caso se entregasse.Ele aceitou  e se entregou, pedindo a liberdade de seu irmão, que  apenas o acompanhou, o que foi aceito.Foi conduzido ao presídio de Santo Ãngelo,preso.

Foi a julgamento iniciado as 10 horas da manhã o            O Dr. Edgar  Ramos, Juiz de Direito e Presidente do Tribunal do Júri, deu por início o julgamento, sendo escolhidos os seguintes jurados: Helmuth  Schnepfleitner,Odão Felipe Pippi,Ricardo Sessêgolo,Arnaldo Dias e Oswaldo  Demétrio  Beck.Todos cidadãos  distintos ,dignos e probos de nossa sociedade.O silêncio era  absoluto, dava a impressão de que nem respirava aquela gente,empolgada pelo julgamento  que iriam assistir Em todos os semblantes  havia um ar de simpatia

Chamadas testemunhas, não apareceu nenhuma.

O promotor fez a acusação O Dr. Lucídio  Ramos ,advogado de defesa , deputado  do Partido Libertador, fez a defesa.Houve réplica e tréplica.Disse o Promotor :digne-se observar Meritíssimo,” o réu  sorri com desprezo, parece debochar da majestade da justiça”!

Engana-se Excelência! Meu constituinte  sorri  tranqüilo,confiante na serenidade  e pureza da Justiça – retrucou o Dr.Lucídio....

Terminados os debates, o juiz esclareceu aos jurados sobre o  caso, formulando os quesitos a serem  respondidos.

Pouco antes das 5 horas da tarde o Conselho de Sentença  recolheu-se  à sala secreta.Absolveram-no por 4 votos a um.

Em fim, apos de tanta infâmia, a Justiça de sua terra  fez  efetivamente Justiça.

Outros  tempos, outros homens...!

Não apareceram testemunhas. Naquele tribunal não se julgava um homem, e sim uma vítima  de uma época de infâmias, covardias e injustiças.

Enquanto seu pai era trucidado à margem brasileira do rio Uruguai, por assassinos do Brasil e da Argentina, ele permanecia imobilizado no hospital, vítima da tentativa de  assasssinato . A sua propriedade foi invadida, dividida e o gado roubado.

A sua família espoliada e  estraçalhada, passou a sobreviver só do próprio trabalho.

Findo os trabalhos  , o Dr.Juiz de Direito, presidente do Tribunal, deu a seguinte sentença:

“De conformidade com a  decisão do Tribunal do Júri, absolvo o réu Artur Alberto de Mello, vulgo Artur Arão, da acusação que lhe foi intentada , e em conseqüência, mando que seja posto em liberdade, dando-lhe baixa na culpa”.

Artur foi entregue ao quarto Regimento de  Cavalaria Independente para responder pelo crime de deserção e desvio de armas.

Aí ,também, foi absolvido.

Foi,então morar  no interior do município de Tenente Portella,às margens do RO Uruguai,onde iniciou a  plantar junto de seus irmãos e trabalhar  nessas terras.

Algum tempo depois, daí ele foi  participar  junto com seus irmãos do fatídico baile familiar , em  Itapiranga,  do outro lado do Uruguai, que lhe custou a vida.

A MORTE DE ARTUR ARÃO 

Entre tanta versões relacionadas a morte de Artur Arão, está, - contada pelo empresário e aposentado Felício Schol, - da conta de que Artur Arão foi assassinado em Itapiranga, estado de Santa Catarina.  

Não muito satisfeito com essa versão, - e como sou um contador de história e pesquisador, - telefonei para a escritora Cecília Maicá, residente em Giruá e profunda conhecedora desse caso.  

Segundo Cecília, - que esteve em Itapiranga desenvolvendo pesquisas, - ela chegou a conclusão que de que a versão detalhada pelo escritor Luiz Carlos Mello em seu livro "Artur Arão", às páginas 429 e 430, ele foi morto por dois golpes de facão desferido por um rapaz de 18 anos num baile.  

Essa versão é a mais aceita pelos historiadores e foi relatada por um vizinho dos irmãos Arão, senhor Geraldo Degliomini. 

O fato ocorreu da seguinte maneira: 

Artur Arão, então agricultor junto de seus irmãos Pedro e Júlio foi a um baile familiar em companhia de um deles  em  Itapiranga, Santa Catarina. 

Muito mulherengo, pediu para um rapaz de 18 anos para dançar uma marca com sua esposa de 16 anos, tendo este concordado. 

Dançando, cantou esta para ir à cozinha e fazer um mate gostoso para os dois tomarem juntos. O marido concordou , dizendo-lhe que “este era o último chimarrão que ele iria tomar.” 

Quando Artur estendeu a mão para pegar a cuia  o marido da  jovem  deferiu-lhe um golpe de facão na cabeça, partindo-a ao meio, expondo-lhe os miolos. Artur levou a mão para sacar o revolver 38, mas antes que pagasse o revólver recebeu outro golpe, no ombro decepando lhe o braço. 

Artur ainda conseguiu dar alguns passos e saiu da casa, sangrando muito e com parte dos miolos expostos e, trambaleando, caiu entre alguns arbustos vindo a morrer em menos de uma hora.    

O assassino, apelidado de “Pedro macho”, desapareceu na escuridão da noite.  

Existem outras versões que informam que Artur Arão foi levado com vida para o hospital tendo sobrevivido por alguns dias, mas nada disso tem comprovação.  

Artur Arão foi sepultado em um cemitério no município de Itapiranga, encerrando a história desse homem rural, vingador e bandoleiro que por muitos anos aterrorizou toda a região das Missões.