sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

TIRANDO PELUDO !!!

TIRANDO PELUDO  !!!
Este termo foi muito usado bem antigamente pelos Caixeiros Viajantes, pequenos caminhoneiros e alguns automóveis de então. Não existiam estradas propriamente ditas e sim caminhos um pouco melhorados com auxilio dos colonos e ou fazendeiros bem abastados. Trafegavam também carretas puxadas por duas ou três juntas de bois e aranhas com rodas grandes de madeira e aro de ferro, estas sustentadas por jogo de molas para maior conforto dos dois ou três passageiros no máximo. A bagagem colocava-se numa caixa fixada na parte traseira sendo que mais tarde passou-se a usar pneus, tracionada por um cavalo, aderindo ao modernismo e/ou evolução. Tivemos os Hotéis dos Viajantes em São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e outros mais pela região. Nas rodas de prosa que se formavam entre os Caixeiros Viajantes quando se encontravam diziam seu Darwin Genro Pereira e Carlos Rousselet veteranos no segmento questionando os colegas de trabalho; “estas chegando de onde e quantos peludos tiraram hoje com esta chuvarada?” Então vinham as explicações detalhadas sobre a situação da estrada.
O citado PELUDO acontecia quando uma das rodas traseiras ou eventualmente as duas ficavam totalmente enterradas no barro e neste caso socorriam-se do jacaré (nome dado a um macaco especial, peça elaborada em madeira de lei e catraca para puxar a viatura do buraco) e/ou apelavam para junta de bois de colonos nas proximidades. Normalmente no mês de outubro acontecia no Clube 28 em Santo Ângelo o almoço e baile dos Caixeiros Viajantes com forte participação da região missioneira e grande Santa Rosa inclusive com desfiles pela cidade.
Os tempos foram outros e apesar das dificuldades os homens e suas famílias, venceram e nos deixaram muito bons exemplos principalmente na educação de como ultrapassaras dificuldades quando surgissem.
Obras novas apareceram sim, com asfaltamentos nas BR e macadamização das vicinais e RS/Daer
Principalmente, na era de Mario Andreazza quando Ministro no segmento.Estamos presentemente muito aquém das reais necessidades para acompanhamento de nosso desenvolvimento, mesmo que abalado pelo triste “Panorama politico conflagrado que vivemos” A conservação principalmente das vias estaduais esta péssima, bastante compreensível considerando-se o estado critico que vive no Rio Grande a muitos anos e agravado agora para desespero dos gaúchos.
Então conterrâneos//paisanos amigos como vamos TIRAR OS INUMEROS PELUDOS que estão postados na pretendida rodovia que nos traçaria o novo e desejado destino ao DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL ? Como dizia meu velho e saudoso pai que a muitos anos habita a Estancia capataziada por São Pedro nos momentos difíceis que enfrentou; “enquanto durar a crise vamos nos reunindo em rodas de prosa e fazendo FOFOCAS CONSTRUTIVAS ate as coisas melhorarem” não tem outro remédio. Pois não é que deu certo na maioria das vezes, portanto esperemos pela ajuda de Deus que não falha. Ate sempre.
PerySommer Pereira – “Viajante no Mercosul” – www.conesulemnoticias.blogspot.com




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