Este termo foi muito usado bem
antigamente pelos Caixeiros Viajantes, pequenos caminhoneiros e alguns
automóveis de então. Não existiam estradas propriamente ditas e sim caminhos um
pouco melhorados com auxilio dos colonos e ou fazendeiros bem abastados.
Trafegavam também carretas puxadas por duas ou três juntas de bois e aranhas
com rodas grandes de madeira e aro de ferro, estas sustentadas por jogo de
molas para maior conforto dos dois ou três passageiros no máximo. A bagagem
colocava-se numa caixa fixada na parte traseira sendo que mais tarde passou-se
a usar pneus, tracionada por um cavalo, aderindo ao modernismo e/ou evolução. Tivemos
os Hotéis dos Viajantes em São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e outros mais pela
região. Nas rodas de prosa que se formavam entre os Caixeiros Viajantes quando
se encontravam diziam seu Darwin Genro Pereira e Carlos Rousselet veteranos no
segmento questionando os colegas de trabalho; “estas chegando de onde e quantos
peludos tiraram hoje com esta chuvarada?” Então vinham as explicações detalhadas
sobre a situação da estrada.
O citado PELUDO acontecia quando
uma das rodas traseiras ou eventualmente as duas ficavam totalmente enterradas
no barro e neste caso socorriam-se do jacaré (nome dado a um macaco especial,
peça elaborada em madeira de lei e catraca para puxar a viatura do buraco) e/ou
apelavam para junta de bois de colonos nas proximidades. Normalmente no mês de
outubro acontecia no Clube 28 em Santo Ângelo o almoço e baile dos Caixeiros
Viajantes com forte participação da região missioneira e grande Santa Rosa
inclusive com desfiles pela cidade.
Os tempos foram outros e apesar
das dificuldades os homens e suas famílias, venceram e nos deixaram muito bons
exemplos principalmente na educação de como ultrapassaras dificuldades quando
surgissem.
Obras novas apareceram sim, com
asfaltamentos nas BR e macadamização das vicinais e RS/Daer
Principalmente, na era de Mario
Andreazza quando Ministro no segmento.Estamos presentemente muito aquém das
reais necessidades para acompanhamento de nosso desenvolvimento, mesmo que
abalado pelo triste “Panorama politico conflagrado que vivemos” A conservação
principalmente das vias estaduais esta péssima, bastante compreensível considerando-se
o estado critico que vive no Rio Grande a muitos anos e agravado agora para
desespero dos gaúchos.
Então conterrâneos//paisanos
amigos como vamos TIRAR OS INUMEROS PELUDOS que estão postados na pretendida
rodovia que nos traçaria o novo e desejado destino ao DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAVEL ? Como dizia meu velho e saudoso pai que a muitos anos habita a
Estancia capataziada por São Pedro nos momentos difíceis que enfrentou; “enquanto
durar a crise vamos nos reunindo em rodas de prosa e fazendo FOFOCAS
CONSTRUTIVAS ate as coisas melhorarem” não tem outro remédio. Pois não é que
deu certo na maioria das vezes, portanto esperemos pela ajuda de Deus que não
falha. Ate sempre.
PerySommer Pereira – “Viajante no
Mercosul” – www.conesulemnoticias.blogspot.com
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