A PRAÇA DA BANDEIRA
A GURISADA DA” PRAÇA
DO TRIÂNGULO”
Segundo informaram à historiadora Clotilde Farias, abaixo da
Praça Rio Branco era um potreiro
pertencente ao Coronel Bráulio Oliveira, onde havia um galpão para
abrigo de seu gado, onde, quando os índios de Inhacorá vinham à cidade para
vender a sua produção de arcos de
flechas, balaios, cestas, e outros artigos de sua produção normal, acampavam
por alguns dias.
Quando conheci esse local, lá pelos anos de 1935-1936 era
um descampado,quando os poucos carros e carroças que vinham da rua Florêncio
de Abreu, o atravessavam em diagonal para atingir a rua Tres de Outubro, de vez
que o trânsito era interrompido pelo Quadro da Viação Férrea.A Av Venâncio
Aires , também, era interrompida.
Por ocasião do calçamento das ruas foi criado um triângulo
para movimento e retorno dos carros pela Av.Brasil, ficando o restante em um
campinho,, onde jogávamos futebol com a gurisada do entorno da Viiação Férrea e carregadores de mala, onde, também, os
circos e parques de diversão se instalavam, e, hoje estão
os prédios da Acisa Centro de Cultura e Teatro Antonio Sepp.
Nesse triângulo foi edificada uma belíssima e aconchegante
pracinha, com passeios calçados com pedrinhas brancas e pretas,, bancos para
sentar, arborizada e com arbustos,laguinho e chafariz.
Foi inaugurada em e
solenidade com presença de autoridades e público, com o nome oficial de PRAÇA
DA BANDEIRA.
Posteriormente foi projetado erigir um monumento
com a estatua do Indio Sepé Tiaraj´o grande herói missioneiro.
Construiram o pedestal e o Rótary Clube encomendou a estatua a um famoso escultor
riograndense , pagando-a
adiantado.O escultor,porém, executou a cabeça, vindo a morrer em seguida.. A
execução do projeto ficou parada por alguns anos.
O Sr. Siegfried Ritter, quando prefeito, descobriu um
colono escultor de nome de Olinto Donadel e mandou executar por ele a estatua do
índio como ela é hoje.Foi inanugurada em 1968.Meu irmão eng. José Carlos Rousselet,
também arquiteto, dizia que os índios tinham cara de italianos e não de índios, como
era origem do escultor....
A GURIZADA DA PRAÇ DO TRIÂNGULO
Na época da inauguração
da estatua em homenagem ao índio Sepé Tiarajú em 1968
a gurizada, filhos do moradores
do entorno da Viação Férrea, começaram a se reunir aí nessa
aconchegante praça para brincar. Eram os
filhos das famílias Benvenutti, BarreiraFrey,,,Emmel,Dill,,Lopes,Anchieta,Weinert,Bidell,Rigo,Rodrigo,
Feij´,Pinto Milani ,Bitencourt e outros
mais.
Os guris eram eles Belmonte, Duca DogeTema Carlos Augusto e
João Carlos Rousselet Paulo,Gerson,Daltro Benvenutti,,Danilo Anchieta,Paulo
Murilo,Telmo Loes Henrique Bergolli,Jair
Milani, l Leozinho, Julho
Emmel, Horst e Gilmar,Paulo Dill,Flavio
Bitencourt Tito Frey,,Bruno e Chico Henckel ,Catão, Bolinha,,Luiz Rigo,Quicé,Irmãos Metralha.
Reuniam-se geralmente
á noite na’ Pracinha do Triângulo” para brincar.ás vezes durante o dia em horas
de folga.Eram brincadeiras como Fortes,jogar espada, bang bang,quadrilhas, etc.Jogavam futebol no campinho
da “Banha”(hoje Frigorífico com mais de 1000 empregados),Chácara Capiobianco cam
pó ferroviários,Meller Norte. Na chácara do Rousselet eram as frutas em mais de
100 ´pés de árvores, banho e pescaria no
açude, faziam vaquinha para comprar barril de chope. Banho no fundão e pinguela
da banha no Taquarinchim, brigas em bailes,peleias com turmas da Pippi, do
Maerckli, Onofre Pires e Zona Norte.
Faziam fogueiras nas Festas Juninas de ã João e São Pedro com 80 pneus velhos,galharada,,
busca pés, bombas, rojões, batata açada,
pinhão e rapadura de amendoim.Os mais corajosos passavam por cima das brasas espalhadass de
pés descalços.
Divertiam-se muito em sua juventude.Mas, o tempo passou muito rápido.Hoje
estão com mais de 60 anos..A vida os
dispersou e cada um seguiu o seu destino.Alguns já passaram pela transição para
um outro plano.Ficou apenas a lembrança
agradável de cada um, guardada em sua mente ,como boa recordação...
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