A MORTE DE ARTUR ARÃO
Entre tanta
versões relacionadas a morte de Artur Arão, está, - contada pelo empresário e
aposentado Felício Schol, - da conta de que Artur Arão foi assassinado em Itapiranga, estado de Santa Catarina.
Não muito
satisfeito com essa versão, - e como sou um contador de história e pesquisador,
- telefonei para a escritora Cecília Maicá, residente em Giruá e profunda
conhecedora desse caso.
Segundo
Cecília, - que esteve em Itapiranga desenvolvendo pesquisas, - ela chegou a conclusão que de que
a versão detalhada pelo escritor Luiz Carlos Mello em
seu livro "Artur Arão", às páginas 429 e 430,
ele foi morto por dois golpes de facão desferido por um rapaz de
18 anos num baile.
Essa versão
é a mais aceita pelos historiadores e foi relatada por um vizinho dos
irmãos Arão, senhor Geraldo Degliomini.
O fato
ocorreu da seguinte maneira:
Artur
Arão, então agricultor junto de seus irmãos Pedro
e Júlio foi a um baile familiar em companhia de um
deles em Itapiranga, Santa Catarina.
Muito mulherengo,
pediu para um rapaz de 18 anos para dançar uma marca com sua esposa de 16 anos,
tendo este concordado.
Dançando, cantou
esta para ir à cozinha e fazer um mate gostoso para os dois tomarem
juntos. O marido concordou , dizendo-lhe que “este era o último
chimarrão que ele iria tomar.”
Quando
Artur estendeu a mão para pegar a cuia o marido da
jovem deferiu-lhe um golpe de
facão na cabeça, partindo-a ao meio, expondo-lhe os
miolos. Artur levou a mão para sacar o revolver 38, mas antes que
pagasse o revólver recebeu outro golpe, no
ombro decepando lhe o braço.
Artur ainda
conseguiu dar alguns passos e saiu da casa, sangrando muito
e com parte dos miolos expostos e, trambaleando, caiu entre
alguns arbustos vindo a morrer em menos de uma
hora.
O assassino,
apelidado de “Pedro macho”, desapareceu na escuridão da noite.
Existem outras
versões que informam que Artur Arão foi levado com vida para o hospital tendo
sobrevivido por alguns dias, mas nada disso tem comprovação.
Artur Arão
foi sepultado em um cemitério no município de Itapiranga, encerrando a história desse homem
rural, vingador e bandoleiro que por muitos anos
aterrorizou toda a região das Missões.
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