sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

BURITI

BURITI – 100 ANOS DE HISTÓRIAS


A ProfessoraMarta Weissmantel,relata com grande conhecimento e propriedade em seu livro, Buriti dos primórdios ate 1950, a partir da pagina 09 em sua introdução ,que Buriti é uma colônia alemã. Fundada pelo engenheiroFrohdeJohansen no ano de 1910.
É uma colônia alemã. Os primeiros eramtodos  descendentes de alemães ,ou eram alemães e aplicaram aqui os conhecimentos que tinham e a bagagem cultural que trouxeram. A língua, que por um lado, uniu o povo, por outro lado, no desenrolar da historia foi a causa das dificuldades enfrentadas..
A segunda guerra mundial atingiu seriamente esta colônia por causa da restrição que foram impostas e até abusosforam cometidos . Muitos e muitos livross foram queimados, inúmeras obras destruídas, registros de entidades,como outras sumiram. Tudo para evitar que restassemvestígios que pudessem gerar conflitos e trazer perseguições. Foi uma perda irreparável. Ficou uma grande lacuna, no momento em que buscaram subsídios para reescrever a historia.
A grande dificuldade para os mais velhos foi aprender a falar a língua portuguesa, Só os mais jovens falavam fluentemente o português. A comunicação comautoridades ou com alguém que falasse alemão, era uma dificuldade, fazendo com que se calassem, ou se retirassem.Isto gerou um certo isolamento da colônia, até certo ponto uma estagnação.Mas, a partir da década de 50, quando já haviam sido assimiladas as mudanças, a colônia  retoma o crescimento.São novos  tempos, tempos diferentes que tentam acompanhar a evolução e as transformações  que que o século vinte trouxe.
Estamos, pois, alicerçados numahistoria forte e contagiante, em busca de um futuro promissor.. da colônia,,  São novos tempos, tempos diferentes, que tentavam acompanhar a evolução   as transformações que o século 20 trouxe. 
Estamos, pois alicerçados numa historia forte e contagiante, em busca de um
futuro promissor.
Entre 1920/1930 alem da agricultura consolidada ,diferentes atividades já eram desenvolvidas: comércio, serrarias, Moinhos, ferraria, funilaria,alfaiataria, carpintaria, queijaria açougue, alambique, olaria, correio, telefone, fotografia, dentista, hospitais, escolas, igrejas católicas e evangélicas, Salão de bailes, Esportes, tiro ao alvo masculino e feminino, Festas de Natal e Páscoa. A vida cultural era marcante,com gosto pela musica e pelo teatro. Apráticadocivismo era marcado pelo amor à Patria
.
Agricultura
Os pioneiros eram praticamente, todos agricultores, mesmo os que exerciam outras profissões. Praticamente uma agricultura de subistencia cada um tinha de ter, no mínimouma vaca, cavalos e bois, para lavrar e puxarem carroças. Paramante-los eram obrigados a ter pastos e produzir alimentos. Para a substencia familiar tudo era produzido em casa na lavoura. Como mandioca,batata,feijão, arroz,trigo milho, cana de açúcar e tudo para a substancia, alem de banha, frutas verduras e legumes, leite e seus derivados, ovos, carnes, penas de ganso para fazer acolchoados e derivados de leite.
Tornando-se hoje fornecedores de hortigranjeiros com bancas de vendas nas feiras.
As frutas inicialmente eram silvestres. Com o tempo foram se formando pomares de frutas diversas, trazidos de fora,.as mudas.
As lavouras eram difíceis de formar, dependendo de derrubadas de matas para fazer roças novas. Tudo dependendo do machado, serra.manual,. enxada, foice. As colheitas eram manuais ou cortadas a foice, dependendo, também, do manguá. As trilhadeiras apareceram mais tarde.
Logo formaram-se os grupos religiosos bem definidos: Comunidade evangélica da Buruti, da qual FrodeJohausn foi o primeiro presidente em 1912. Igreja católica em 1922. Em 1927 foi fundada a comunidade luterana.
Todos elescom  suas escolas particulares.
Cemitérios junto a igrejas. O sepultamento de uma pessoa dependia de pertencer a uma das igrejas.
O 25 de julho era festejado como a data em que chegaram as primeiros alemães em São Leopoldo, sendo ate hoje a data máxima dos colonos. Nessa data se festejava o dia do Emigrante, que foi suspença na época da guerra, só retornando a ser comemorada em 1956.
Haviam as FESTAS FAMILARES para comemorar datas significativas, como aniversários, casamentos, bodas de prata e ouro, batizados.
Alem das festas, os bailes.Os primeiros ligados ao esporte do tiro ao alvo.Havia, também, os programados pelos donos dos salões de baile.Notadamente os bailes de carnaval, o do Natal e o da Pascoa.Logo também surgirão os “Bailes do Chope”, muito falados tradicionais e populares.



Havia também bailes do Rei e os bailes comunitários os aniversários de clube.
A ColôniaMunicipal era ligada geograficamente e por laços afetivos a Buriti.
Comcluimoseste nosso  rápido e resumido trabalho, dizendo que cada vez mais se acentuam as raízes dessa colônia Buriti en cravada em  nosso município de Santo ângelo. Os tempos mudaram, mas a sua historia permaneceu e seu futuro continuanuma evolução permanente, acompanhando o progresso dos tempos modernos.




acisa

Associação Comercial,hoje Acisa , Associação Comercial e industrial que eu conheci.

                                 ACISA
Entidade de classe que se criou e se formou ao longo desses doze anos e como conseqüência do grande desenvolvimento de nosso município pelo trabalho desenvolvido pelas suas classes produtivas.
A partir de sua fundação foi acompanhando e participando do progresso de nossa comunidade ,num crescendo continuo desde 1929,ano de sua fundação.
Seu primeiro presidente foi o Sr. Frederico Orthmam seguindo-se João  Rocha,Aparício Amaral,Lindolfo  Rulling,Pedro Azevedo,Vitório Cattani,Nestor Portella,entre muitos ex presidentes.Cada um efetuou a sua parte,contribuindo para o bom desenvolvimento para essa associação.
Conheci sua sede social,quando estava situada num prédio da Marechal Floriano,ao lado da casa de comércio  Franke de  nos anos de 1936 mais ou menos.Placa fixada na parede ao lado da porta.
Havia um terreno muito grande,terreno baldio,fazendo frente para a praça Rio Branco,fundos com o quadro da viação férrea e frente norte com o hotel Avenida e terreno de Carlos José Rousselet.Com o asfaltamento da AV.Brasil,e criação da triangular praça da Bandeira,muito aconchegante e linda,restou um grande terreno baldio.Era um” campinho” onde nós gurizada do Entorno da Viação Férrea mais os carregadores de mala dos hotéis, jogávamos as nossas peladas de futebol ,e,no qual,passaram a acampar os circos com suas feras e artistas.Os parques de diversão,também ai se instalavam com suas rodas gigantes e outras atrações.
Finalmente, os sócios da associação comercial tiveram a feliz iniciativa de pedirem à Prefeitura para construírem ai nesse terreno a sua sede social.O PALÁCIO DO COMÉRCIO.
Recordo que os senhor Nelson Kaercher, Siegfried Ritter,Aparício Amaral e Ludgero  Bek  e outros,foram dos que mais batalharam na construção dessa sede.O Sr.Nelson Kaercher,o seu grande artífece,se reelegeu por diversos mandatos até a conclusão da construção que lá está  altaneira.Mandatos 48-49-50-52-57 até a conclusão desse prédio.Foi o grande líder dessa construção .Além de seus salões de festa e de jantares.Lá se instalaram a Exatoria Estadual,biblioteca pública.. Municipal,Sindilojas,Senac, IAPC,sucesivamente.Disse-me seu filho Aramis, que o Sr.Nelson Kaercher  planejara instalar no térreo (subsolo) uma Central de Ônibus para centralizar todas as linhas de ônibus da cidade,, o que hoje ainda seria muito útil para a comunidade. municipal,Sindilojas,SENAC,IAPC,sucessivamente. É um prédio de presença importante na cidade,podendo ser considerado ponto turístico,não só pela sua arquitetura,mas também pelo que essa associação representou pela sua atuação,prestadora de serviço para a comunidade durante estes 86 anos de sua existência!
Junto,por alguns anos funcionou um bem montado escritório de contabilidade,que além de escritas efetuava assistências diversas  aos seus associados.Durante muito tempo dirigido por Siegfried Ritter e sua equipe.Sucessivamente seguiram outros contabilistas.
Brasil do Amaral  Cattani ,foi o presidente que a transformou em Associação Comercial e Industrial,cultura,e serviços agropecuária de Santo Ângelo,dando-lhe um leque muito maior de atendimento aos  associados.Foi quem a expandiu muito,bem servindo seus associados e a comunidade.       Sua  administração foi um marco na prosperidade da entidade.
Em  nosso mandato colocamos o frigorífico de Santo Ângelo em funcionamento, o qual  estava  paralisado há 14 anos.Ato  efetuado em parceria com o sindicato rural.Novamente se ouviu trilar sua sirene em toda a cidade.
 Enfrentamos em nossa época os conturbados períodos 1961,1962 e 1964.Legalidade e Revolução.Era um período pré – revolucionário de idéias diversas.

Depois de  empossado na Presidência da República sob o parlamentarismo,o Sr,João Goulart procurou desmoralizá-lo por motivos óbvios.(sendo ele de família chimango  jamais concordaria governar por um regime de origem maragato).Procurou desmoralizá-lo por um plebiscito, apoiado por Brizola.
Os militares desconfiaram de suas  intenções,não lhe dando total apoio.Achavam que ele mancomunado com  Brizola e comunistas queriam,implantar na nação uma República Sindicalista.O senhor Brizola com o grupo dos “11” em todo estado ,que era um agrupamento  paramilitar em apoio ao governo,paralelo às forças armadas.Ele procurou desenvolver as suas idéias.
Realizando um governo corrupto e inepto ,perdendo apoio da direita,dos militares e dos democratas,que lhe davam sustentação no poder,procurou aferrar-se na esquerda e na extrema esquerda que queria chegar ao poder,e da insuflação do senhor Leonel Brizola,que pregava a tomada do  governo  pelos trabalhadores numa república sindicalista.Com uma péssima  administração estavam levando o país a uma  desordem  civil.Em um ano houveram 125 dias de greve lideradas pelos comunistas e pelos sindicalistas.
Nessa época  éramos presidente da ACISA e vivenciamos  essas situações.
Em  mais de uma vez enquanto  tomávamos o café da manhã, membros do comando  geral de greve,sindicalistas e comunistas entravam porta a dentro e exigiam que o comércio e a industria e bancos fechassem  suas portas em apoio a greve geral decretada por eles. Por falta de apoio de poder civil e militar, éramos compelido a colocar uma nota na rádio pedindo que comércio e industria fechassem suas portas em apoio a sua greve.
Ninguém se conformava com essa situação de perder  um dia de produção.Até que  encontramos o general  aposentado Tenório Albuquerque,nosso companheiro de solteiro.Explicamos nossa situação e ele  prontamente nos aconselhou a procurarmos o Cel.Comandante da guarnição B.C.C.L que era chefe da polícia do governador Carlos Lacerda durante a legalidade e que garantiu a manutenção da ordem no Rio de Janeiro.Procuramo-lo, informando de nossa situação sem poder contar com apoio do poder militar para manutenção da ordem na cidade,de vez que o comandante da guarnição federal Cel.Madeira era comunista e brizolista,que sempre dizia em alto e bom som,que quem mandava na cidade era ele,colocando  acintosamente a mão no cabo do revolver 38, que quem mandava na cidade era ele,sempre acompanhado por alguns sargentos.
O coronel comandante do B.C.C.L nos disse que procurássemos o poder civil e que esse não nos desse garantia,poderíamos pedir a garantia das forças armadas.Agradecemos e quando nos retirávamos,o coronel nos disse:pode trancar o pé,que se for preciso ,entrarei de qualquer maneira para garantir a ordem.
Perguntei se ele fora o chefe de polícia no Rio de Janeiro , no governo de Carlos Lacerda,e ele confirmou.
Apenas eu  disse:estamos entendidos Coronel,agradeci  e me retirei.
Depois daquele dia,quando o comando de greve colocava  nota na rádio conclamando o comércio,a indústria e bancos que fechassem sua portas,em apoio a greve geral,nós,imediatamente publicávamos uma outra nota pedindo que os estabelecimentos mantivessem suas portas abertas,porque seriam garantidas pelas forças armadas.Isso em nome da associação comercial.Assim continuou,até quando em 31 de março de 1964 a situação mudou.Tomaram muitas atitudes de intimidação,mas não nos deixamos abater.Tivemos de envolver a  associação comercial,para coibir atitudes de intrometimento na área civil pelo Cel.Madeira.
Como  nosso amigo Dr.Guido Emmel nos avisou que por nos envolvermos com a associação comercial ,,entramos na primeira lista de fuzilamento dos comunistas.
Nós e nosso compadre  Joares Feijó mantínhamos  os tanques cheios de gasolina dos jipes para qualquer momento,se  estourasse um movimento político da esquerda,para podermos fugir com a família para qualquer  lugar.
Tivemos uma comprovação da nossa real situação quando estávamos numa reunião do comércio e indústria em sua sede social ,já sob a presidência do Sr. Brasil  Cattani alguém informou que saia uma fumaça de baixo da escada.Fomos todos até lá e constatamos que tratava se de uma bomba de fabricação  caseira,a qual foi desativada.
A partir daquele dia o Coronel comandante do BCCL mandou colocar uma guarda de segurança, com jipe a disposição, vigiando sempre a residência do Sr.Brasil do Amaral Catttani na Travessa Mauá, ele então presidente da ACISA,A situação assim continuou até que em 31 de março de 1964 a revolução eclodiu.
A situação normalizou-se e o tempo passou.
A ACISA evoluiu e progrediu muito através de muita admnistrações bastante profícuas durante este 86 anos de sua existênca.Cada uma deixando a sua marca nesse progresso contínuo.Muitas foram as realizações de cada uma.
Os ex presidentes que ainda estão entre nós são:João Batista Silva,Nerí  Pippi , Antonio Carlos Rousselet ,Bruno Krug Carlos Alberto  Burtet, Dr.Rolando Luiz Stumpfler,Franco Silveira,Antonio Alberto Gomes  Toscani, Oswaldo   Basso  Celso Ritter.
Antonio  Alberto Toscani é o atual presidente.
Odila de Fátima Motta – secretária executiva da ACISA.
Este é um resumo do que lá na ACISA vivenciamos  em nossa.época.   
                    ERRATA ARTIGO ACISA
Entidade de classe que se criou e se formou ao longo desses 9 anos transcorridos após a chegada do trem a Santo Ângelo em 1920,e como conseqüência do grande desenvolvimento de nosso município pelo trabalho realizado pelas suas classes produtivas.


POR QUE NÓS, MISSIONEIROS, SOMOS BRASILEIROS?

POR QUE NÓS, MISSIONEIROS,  SOMOS  BRASILEIROS?

Nós, missioneiros, somos brasileiros porque queremos  - Por livre arbítrio.
Conquistamos esse direito nos campos  de batalha, na diplomacia e na livre escolha
Os bandeirantes  vinham aqui buscar índios para fazerem seus escravos.Os índios  numa  batalha guaranítica impuseram  uma derrota definitiva aos bandeirante  ,que então desistiram de fazer índios missioneiros escravos do centro do pais.
As poderosas forças de Espanha e Portugal, por ambição, destruíram a República Guarani das Missões.
Os caudilhos uruguaios   Artigas  e Riveira como aves de rapina levaram o que puderam, índios como escravos,,gado e bens das Missões, deixando terra arrasada.
Mas, a terra, e o que sobrou  do povo indômito missioneiro, permaneceram em poder da Argentina por algum tempo.Então vieram os paulista e os tropeiros, uma leva de colonos europeus, principalmente alemães,e fazendeiros luso brasileiros aqui residentes repovoaram as Missões,trazendo  algum progresso.
Borges do Canto, um militar desertor do Exército querendo se  reabilitar, acompanhado de fazendeiros  com sua peonada, inclusive Inácio Gomes, e de índios libertados, reconquistaram as Missões  para o Brasil  e Portugal.
Veio a Revolução Farroupilha  ,separatista e fratricida contra o Governo Imperial ,que durou 10 anos.Havia um Regimento de Lanceiros das Missões comandado pelo  General  Demétrio Ribeiro e criado por Bento Gonçalves.Poderíamos ter nos tornados independentes,missioneiros e gaúchos em geral, mas, preferiram assinar uma Paz Honrosa com o Governo Imperial, atendendo eles todas as nossas exigências e direitos.Não fomos derrotados mas, continuamos sendo brasileiros, porque assim  quisemos.Havia o perigo de uma invasão argentina ou uruguaia.
Veio a invasão  das Missões pelo  exército paraguaio em São Borja.Os soldados  gaúchos com grande preponderância de missioneiros, sob o comando do General David  Canabarro, derrotaram e aprisionaram  o Exército paraguaio nas Missões
Os argentinos , porém nunca se conformaram com a perda das Missões e das Malvinas, entraram com uma ação no Tribunal Internacional de Haia, pedindo a reanexação  do   território das Missões à Argentina. DIziam  eles  que a maioria da população das Missões era composta de argentinos com pequena percentagem de brasileiros.   Segundo grande pesquisa realizada pelo historiador e escritor Vilmar  Campos Bindé , o imperador Don Pedro Segundo contratou o advogado e diplomata Barão do Rio Branco  para defender o Brasil no Tribunal Internacional de Haia.Este pediu ao governo um adiantamento para as despesas e um prazo para efetuar o trabalho.Rio Branco percorrendo as Missões, visitando São Miguel,,Santo Ângelo São Luiz Gonzaga, falando com muitíssimos      moradores, constatando que a maioria deles eram brasileiros e queriam se manter nessa nacionalidade, tanto descendentes de portugueses,índios,negros e colonos europeus.Pouquíssimos argentinos moravam nas Missões.É constituída de uma população que sempre quis ser brasileira. Somos  , por isso s um pouco diferentes do resto do Brasil! E é nessa origem de nossa comunidade é que encontramos  a existência daqueles que  fundaram o DNA do que somos, e do nosso jeito de ser e ver as coisas da vida. Somos  ,nós missioneiros, brasileiros, porque conquistamos o direito de ser,e, porque QQUEREMOS!
O nome da PRAÇA  BARÃO DO RIO BRANCO Foi uma homenagem de nossos governantes  a esse  grande diplomata brasileiro que foi Barão do Rio Branco.


TIRANDO PELUDO !!!

TIRANDO PELUDO  !!!
Este termo foi muito usado bem antigamente pelos Caixeiros Viajantes, pequenos caminhoneiros e alguns automóveis de então. Não existiam estradas propriamente ditas e sim caminhos um pouco melhorados com auxilio dos colonos e ou fazendeiros bem abastados. Trafegavam também carretas puxadas por duas ou três juntas de bois e aranhas com rodas grandes de madeira e aro de ferro, estas sustentadas por jogo de molas para maior conforto dos dois ou três passageiros no máximo. A bagagem colocava-se numa caixa fixada na parte traseira sendo que mais tarde passou-se a usar pneus, tracionada por um cavalo, aderindo ao modernismo e/ou evolução. Tivemos os Hotéis dos Viajantes em São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e outros mais pela região. Nas rodas de prosa que se formavam entre os Caixeiros Viajantes quando se encontravam diziam seu Darwin Genro Pereira e Carlos Rousselet veteranos no segmento questionando os colegas de trabalho; “estas chegando de onde e quantos peludos tiraram hoje com esta chuvarada?” Então vinham as explicações detalhadas sobre a situação da estrada.
O citado PELUDO acontecia quando uma das rodas traseiras ou eventualmente as duas ficavam totalmente enterradas no barro e neste caso socorriam-se do jacaré (nome dado a um macaco especial, peça elaborada em madeira de lei e catraca para puxar a viatura do buraco) e/ou apelavam para junta de bois de colonos nas proximidades. Normalmente no mês de outubro acontecia no Clube 28 em Santo Ângelo o almoço e baile dos Caixeiros Viajantes com forte participação da região missioneira e grande Santa Rosa inclusive com desfiles pela cidade.
Os tempos foram outros e apesar das dificuldades os homens e suas famílias, venceram e nos deixaram muito bons exemplos principalmente na educação de como ultrapassaras dificuldades quando surgissem.
Obras novas apareceram sim, com asfaltamentos nas BR e macadamização das vicinais e RS/Daer
Principalmente, na era de Mario Andreazza quando Ministro no segmento.Estamos presentemente muito aquém das reais necessidades para acompanhamento de nosso desenvolvimento, mesmo que abalado pelo triste “Panorama politico conflagrado que vivemos” A conservação principalmente das vias estaduais esta péssima, bastante compreensível considerando-se o estado critico que vive no Rio Grande a muitos anos e agravado agora para desespero dos gaúchos.
Então conterrâneos//paisanos amigos como vamos TIRAR OS INUMEROS PELUDOS que estão postados na pretendida rodovia que nos traçaria o novo e desejado destino ao DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL ? Como dizia meu velho e saudoso pai que a muitos anos habita a Estancia capataziada por São Pedro nos momentos difíceis que enfrentou; “enquanto durar a crise vamos nos reunindo em rodas de prosa e fazendo FOFOCAS CONSTRUTIVAS ate as coisas melhorarem” não tem outro remédio. Pois não é que deu certo na maioria das vezes, portanto esperemos pela ajuda de Deus que não falha. Ate sempre.
PerySommer Pereira – “Viajante no Mercosul” – www.conesulemnoticias.blogspot.com




O MUSEU PARTICULAR DO MEU AMIGO “ O EMPRESÁRIO Helmut Rosenthal DEUTCH MUSEUM

O MUSEU PARTICULAR DO MEU AMIGO “ O EMPRESÁRIO Helmut Rosenthal
DEUTCH MUSEUM
Alí na antiga propriedade  de seu pai, registrado no Brasil como  Amadeu Rosenthal (ALEMÃO VINDO DA Russia) de 20 hectares de extenção, junto da Uri, com o auxilio de sua esposa Herondina fazia entrega de leite,diariamente, com sua gaiota, produzindo 80 pinheiros ,como árvore de Natal, plantando um hectare de moranguinhos, com entrega de 200 kilos por semana.Com o resultado dessas plantações, mantiveram a propriedade,criaram e educaram essa enorme família de oito filhos.Seus dois filhos René e Helmut se formaram e foram trabalhar no Banco do Brasil,onde tiveram o  respeito e a amizade de agricultores e empresários.Helmut é contabilista,advogado e escritor.Os dois irmãos nessa área de terra  construíram um conglomerado de prédios com apartamentos,kitnets,restaurante, livraria, padaria,, escritórios, empresas e outras atividades.Uma galeria central, dando a impressão de que têm vida própria.Foi numa sala envidraçada , de frente para a rua, em sua galeria,, que ele instalou o seu museu.
Sua mãi  Dona Herondina tinha o hábito de guardar coisas  em desuso  e de algum valor estimativo e de possível uso ocasional  ou futuro..
Quando  saíamos  juntos a fazer  pesquisas  sobre fatos ocorridos de perseguição aos alemães e seus descendentes na época da segunda guerra mundial, em cada casa de colono que chegávamos, depois de ter tratado de nossos assuntos, o  Helmut pedia licença  e ia fazer uma averiguação nos galpões dos fundos, para ver si encontrava alguma ferramenta antiga  para adquirir por compra.
Depois que tinha uma quantidade de antiguidades, com o passar do tempo ,há uns dois anos atras, instalou na sala de frente de seu prédio, acima  citada, um bem montado museu de antiguidades.Creio ser o maior da cidade. Assistí a sua inauguração, com a presença de bom público.
Hoje retornei a esse Museu .Fiquei extasiado  com a organização, disposição qualidade,originalidade e grande quantidade de peças,.Acredito que mais de quinhentas.Enumerarei algumas das que mais me chamaram  atenção:
Jacaré: uma madeira de lei de uns dois metros de comprimento, toda trabalhada e perfurada ,com catraca, usada para alavancar carros e caminhões para tirá-los dos atoleiros, os famosos “peludos”.Foi muito usada pelos antigos caixeiros viajantes comerciais, como Darwin Pereira,Carlos José Rousselet,Nelson Kaercher, Schlik e muitos outros.Era uma aventura e uma tragédia andar pelas estradas quando chovia.Repentinamente as estradas viravam caminhos intransitáveis a transpor para poder continuar no seus trabalhos.
Pilão: usado para descascar arroz, milho e fazer canjica.
Plantadeira adubadeira puxada por cavalo própria para plantar trigo ,soja e milho, muito antiga e bastante usada na zona colonial.
Documentário datilografado por Guido Emmel de Santo Ângelo de sua época
Livro Caixa de Bráulio Oliveira; escriturado PR seu contador  e relativo a seus negócios de terrenos.
Máquinas de escrever, de calcular e telefones de diversos tipos e de diversas épocas
Máquinas de costura antigas, sendo uma de sua avó
Máquinas de matar formigas com foles.
Trempes e chaleiras de ferro
Chuveiro de balde, antigo.
Liquinhos.
Moinhos de diversos tipos, para moer produtos.
Relógios de diversos tipos e idades.
Canga de boi
Máquinas de costura
Lâminas de vidro de revelar fotografias.
Formas de fazer velas e cestas de vime.
Imagem de anjo executado em ferro batido, trabalho artístico executado por Hanz Pfaff.
Lousa de pedra com lápis de Dona Herondina – Esta é a lousa que ela usava escrevendo quando cursava o primário É semelhante a que meu avô Quirino Nunes Pereira escrevia, quando ia levar as vacas para o potreiro, sentado  numa pedra em meio das macegas, em noites de Lua Cheia.
Fotografias muito antigas e de diversas épocas.
Enxó de fazer tabuinhas para telhado
Artigos diversos que não  enumeramos, devido a grande quantidade e  finalidade.
Foi uma tarde inesquecível entre tantas variedade e quantidades  antigas, promovida pelo  amigo Helmut Rosenthal.

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HISTÓRIAS ANTIGAS ENGRAÇADA

HISTÓRIAS ANTIGAS ENGRAÇADA
PRIMEIRAS  ELEIÇÕES EM GIRUÁ
Quando  da primeira eleição do Brasil, após a redemocratização, Giruá pertencendo à Santo Ângelo, o candidato a vereador Dico Antunes, fazendeiro e ex tropeiro, discursando num comício,criticando aqueles “candidato a vereadô que não são capais de aplicá uma varcina numa reis”, o que o município esperá dessa gente... Enquanto isso,em Mato Grande, o candidato á vereador pelo PTB., Miguel Zotoquieswki disse em discurso também em comício  empolgado: “Quando meu pai aqui chegou e tudo era sertão e matas,, era habitado por índios... (titubiando,baixinho perguntou ao vereador Crespo de Souza :como se chamavam aqueles índios que comiam gente!) ‘Franchones” ao que ele repetiu alto e bom som para a platéia –‘indios franchones”!
Desfilando sempre á cavalo, portando botas, bombachas ,lenço no pescoço, e pala atirado nas costas (“Miguelão, o gaúcho apolacado”,  dizia-lhe Utalino Fernandes do Jornal  O Debate), elegeu-se prefeito de Giruá com boa votação.
Numa tarde de expediente ele pediu ao economista Jacinto Rentz, Secretário Municipal,que expedisse um telegrama ao Governador do Estado Walter Jobim, solicitando que mandasse “apedrejar e arretar a estrada de Giruá a Santo Ângelo” para ficar melhor de trafegar com qualquer tempo.
No dia seguinte, quando Jacinto entrou em seu gabinete, Miguel disse-lhe, apontando para a parede: “Dr. Jacinto, o senhor que é Doutor,, me diga onde é que fica aí no mapa do Brasil “ o Estado de Sítio”... que eu não conheço e não sei onde é!.
Concluiu seu mandato como bom e prático administrador, granjeando  grande prestígio popular, tendo sido candidato a deputado estadual.


O LIONS CLUBE SANTO ÂNGELO CENTRO


O LIONS CLUBE SANTO ÂNGELO CENTRO
Participei por trinta anos  e fui sócio fundador com minha domadora Maria , do Lions Clube Santo Ângelo Centro.Fomos presidentes cem por cento por duas vezes.
Participamos de muitas excursões  e convenções dos clubes de nossa jurisdição,tais como Ijuí Santa Rosa,Cruz Alta,Porto Xavier,,Três de Maio,São Luiz Gonzaga,São Borja, Uruguaiana,Santana do Livramento, Irai ,etc Nosso clube foi fundador dos Lions Clube de Passo Fundo,Jjui,Cruz Alta,São Luiz Gonzaga,Santa Rosa Giruá, Santiago, Santo Ângelo Tiarajú,Cerro Lasrgo e  Guaraní  das Missões Nesse trabalho, entre outros,destacaram-se os companheiros Reinhart Flasch e Claita( associaram-se em 1961) Ernesto Beschler,Edson Fonseca,Guido Emmel, Luiz MorariArlindo Martins Henrique Schults, Luiz Alberto Azevedo,João da jornadas Fortes,Tenente Alípio, e muitos outros.
“Construindo o futuro através do Serviço”
É o lema do clube que eu e minha domadora Maria servimos  durante 30 anos e ajudamos afundar. Ali vivenciamos na prática que a felicidade está em dar e não em receber.Muitas e profícuas amizades fizemos.Diversas cidades percorremos pregando o leonismo.Muitíssimas pessoas conhecemos em diversas cidades.O grande artífice de nosso clube foi o saudoso companheiro Henrique Schults, que trouxe de São Leopoldo a missão quase divina de fundar o Lions Clube Santo Ângelo Centro trazendo para  as Missões noroeste e grande parte da Fronteira e centro norte do Estado.Numa memorável reunião realizada nas dependências do café e  Hotel Maerkli no longícuo ano de 09 de novembro de 1957, sob sua direção , foi fundado o Lions  Clube Santo Ângelo Centro  com a participação  de muitos  membros de nossa sociedade com expressiva,  liderança  da comunidade, principalmente do comercio e  industria, forças armadas, enfim todas as classes  produtivas de nossa cidade. Ali representada..O Dr. Guido Emmel foi seu primeiro presidente.O clube de São Leopoldo foi nosso padrinho.Nosso clube desenvolveu-se num crescendo permanente.Muitas campanhas de interesse da comunidade e de auxilio filantrópico promovemos.
Construímos o prédio do Corpo de Bombeiros, Relógio do Sol e auxiliarão da ampliação e reforma da Casa do Escoteiro. Com a venda de um terreno destinado a uma Vila mal sucedida, e de outras campanhas, o Clube construiu a sede própria.
Dr. João  Rodrigues, Carlos Roney e Leovegildo  Berté foram governadores do Distrito L 9.O clube criou um Léo Clube com muitos membros.Foi eleita Presidente do Clube Dna. Iara Fortes, imprimindo grande desenvolvimento nas  atividades.




Ordem Rosa Cruz

A milenar OrdemRosaCruz, através  de seus membros esta presente em Santo Ângelo desde 1960. A sua sede social é ate hoje Florêncio de Abreu em prédio próprio. Inscrevemos-nos Há quase 40 anos quando funcionava em prédio alugado. Fui o primeiro mestre a ser empossado nesse novo prédio próprio. Foi na minha gestão como monitor regional que o Pronal foi promovido a Capitulo posteriormente fui mestre de capitulo e novamente de Pronaos e diversas vezes capelão.
  Participei junto com muitos outros membros da aberturas do alicerces e construção do prédio ate seu final auxiliando os pedreiros no serviço no transporte de materiais.
Devo relatar a titulo de historia nos reunimos no final de semana para marcar e fechar as divisas dos terrenos inesperadamente o capitão Francisco Osório da Silveira acompanhado de seus filhos Joseph e Davi e pedreiro Ledovino Masee, trazendo uma retro escavadeira para marcar os alicerces e aberturas dos mesmos. Eles foram marcados e abertos, foi dada a ponta pé para inicial da construção e não parou ate seu final!
Muitos foram que contribuirão com dinheiro e outros serviços correlatos. Não citarei nomes de ninguém para não esquecer nomes de ninguém. Os que participarão quase dos 40 anos foram inumeráveis. Cadê um feito sua parte.
Estiveram os membros sempre presentes e participando de atividades na cidade de Santa Rosa, Ijui, Cruz Alta e Passo Fundo.
Atualmente mestre do capitulo é a senhora Vera ribeiro. Monitor regional Carlos Assunção, represente da Grande Loja e Grande Conselheiro o Capitão Aloísio Gerson da Rocha

( estes artigos substituem os anteriores)

A Sentença que Condenou JESUS

A Sentença que Condenou JESUS
                A sentença lavrada contra Jesus de Nazaré, por Poncio Pilatos, foi segundo a tradição descoberta em Jerusalém. Este documento foi escrito em hebraico e lavrado nos seguintes termos: neste ano, 19 do reino de Tibério, Imperador Romano de todo o Mundo e Monarca Invencível; 121 da Olimpíada; 124 da Ilíada; 4187 da criação do Mundo, segundo os hebreus; 79 de Progênie do Império Romano e 1297 da Independência da Babilônia, sendo Governador da Judéia, Quintino Sérvio, Regente e Governador de Jerusalém, e Gratíssimo Presidente Poncio Pilatos; Gerente da Baixa Galiléia, Herodes Antipas, Pontifice do Sumo Sacerdose, Saifuz, magnos do Templo, Ali Lamafel, Robam Achebel, Franchino Centauro; cônsules romanos da cidade de Jerusalém Quintino Cornelio Sublime e Xisto Pompilio Rusto; hoje dia 25 de março, Eu Poncio Pilatos; aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui residência, julgo, condeno e sentencio a morte jeshuí, chamado pela plebe – Cristo Nazareno – e Galileu de nação, homem sedicioso contra a Lei Mosaica e contrário ao Grande Imperador Tibério César. “Determino e ordeno por esta que se lhe dê a morte na Cruz, sendo  pregado com cravos como os réus, porque congregando por aqui ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se Filho-de-Deus, rei de Israel, ameaçando com ruína Jerusalém e o Sacro Templo, negando o tributo a César, e tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo e com parte da plebe na cidade de Jerusalém, que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e cobrido de alguns espinhos, com a própria Cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os mal-feitores, e que, justamente com Ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas, e sairão pela Porta- Sagrada, hoje Antonia e que conduza Joshui ao monte público da Justiça, chamado Calvário, onde Crucificado e morto ficará seu corpo na Cruz como espetáculo para todos os malvados, e que sobre a Cruz seja posto um titulo em três línguas: hebraico, grega e latina a “Joshus Nazarenus Rex Judeorum”,
                Mando também que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva temerariamente impedir a Justiça por mim ordenada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os decretos e leis romanas; quem tal ousar será acusado de rebelião e sofrerá as penas respectivas; Testemunhas, pelas 12 tribos de Israel: Rabain, Daniel, Janin, Boncar, Rabassu, Lobi Pelucolani; pelos fariseus; Rúbia Semeão, Ronel, Rabini. Mandoam, Buncorfosi; pelos hebreus, Nicaubeto; pelo Império e Presidente de Roma: Luxia Lexpira, Amasio Chilio”.
                Dessa Sentença existem duas Cópias, Uma no Arquivo da Real Academia de Historia de Espanha, em Madrid; outra na cidade de Áquila na Itália.

(pesquisa de Wilmar Campos Bindé durante sua estadia na Alemanha anos Atraz)


Lançamento do Livro em Porto Alegre

LANÇAMENTO DO LIVRO“SANTO ÂNGELO QUE CONHECI” EM PORTO ALEGRE
A Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, através do Vereador João Carlos Nedel e sua esposa Glória,promoveram o lançamento do livro “Santo Ângelo que eu conheci”, de autoria do santo-angelense Antonio Carlos Rousselet. O evento iniciou às 18h30min, dodia 06 de dezembro, no saguão da Câmara de Vereadores. Após a cerimônia de lançamento foi servido um coquetel aos presentes.
Dentre os  presentes,esposa, filha, netos e amigos do autor, destacamosos santo-angelenses residentes em Porto Alegre e em Novo Hamburgo: Conselheiro Adroaldo  Loureiro,Rudi Araújo Kother,a colunista  do Jornal A Tribuna  Cecíla  Kother, o jornalista Tadeu Rolim, João Pedro Lamana Paiva,Dr.João Henrique Pereira,Valdete e esposa Lourdes, Sérgio, Nilse e Helena Feijó,Luiz Possani, Rosmarine Rousselet e o escritor José Machado Leal.O Sr. João Vontobel não pode comparecer porque estava em viagem.
O VEREADOR PORTO ALEGRENSE JOÃO CARLOS NEDEL
Era numa tarde ensolarada longícua década de 1960. Bateram na minha porta do apartamento. Atendi.Era  um homem alto, encorpado, com forte sotaque Alemão era o senhor Nedel, caixa da Exatoria acompanhado de seu filho João Carlos, um rapaz alegre, simpático e solicito. Ele me pediu um serviço para seu filho que veio estudar na escola de Contabilidade do Ginásio de Santo Ângelo. Agradei-me do rapaz e disse-lhe: seu filho está empregado, porém, não posso pagar muito “mas, farei dele um Homem”. No outro dia o rapaz se apresentou para trabalhar.
Passaram três anos, trabalhou muito bem ,esforçando muito de si no trabalho, tanto no escritório da Indamil, como meu auxiliar no atendimento do serviço do SESI, do qual eu era Delegado municipal. Inteirou-se muito bem e deu bom atendimento aos operários e aos empregados da entidade.
Formou-se, e ,para meu espanto seu pai me disse após a formatura: tinha proposta de trabalho por muito mais para meu filho mas o “senhor disse-me que iria fazer dele um homem, e não é com o dinheiro que se faz um Homem”!...
Saiu daqui com um emprego garantido no SESI em Porto Alegre
Trabalhou lá, formou-se em Ciência Contábeis e Atuariais. Na atividade privada, desenvolveu atividades, na área de contabilidade, de gerencia financeira e bancária. Em 1991 Nedel decidiu buscar atividade publica, colocando sua bem sucedida experiência profissional, amparada em suas convicções cristãs, a serviço da comunidade pela sua via política. Filiou-se ao PDC, que se fundiu ao PDS, e hoje PP. Teve em Tarso Dutra, o seu inspirador político. 
Para alegria de meus 88 anos de vida ele e meu capataz de granja Neri Bueno, que iniciaram sua vida trabalhando comigo,, se reelegeram por 6 mandato consecutivo para vereadores em cada eleição com maior numero de votos que o anterior. Um em Porto Alegre e outro em Entre Ijuis.
Elegeu-se pela primeira vez em 1996. Sucederam-se interruptamente seis mandatos, com mais votos do anterior culminando com o de 2016. Foi um crescendo de votos em cada um deles.
É um VEREADOR CATÓLICO ATUANTE, pois nasceu em berço católico  muitas foram sua atividade nessa linha.
É um VEREADOR QUE TRABALHA.
Nedel conquistou uma posição destacada entre seus pares pela sua participação ativa em plenário e nas comissões permanentes que tem integrado e também pelo atendimento das necessidades, especialmente carentes.

O empenho em servir objetiva e concretamente as comunidades fez de Nedel campeão em ações Legislativas, no período de 1999 a 2015.
Praticamente está selado o acordo para o comando da Câmara nos próximos quatro anos.Em 2017 a presidência será do PMDB que tem a maior bancada.Em 2018 a presidência caberá ao PTB e em 2019 assumirá a direção o PP na pessoa de João Carlos Nedel.
Voltarei em outro artigo a falar de sua atividade na política e como cidadão.

Os Distritos de Santo Ângelo

OS DISTRITOS DE SANTO ÂNGELO


DISTRITO DE COMANDA
MILONGA DO CANTO TRISTE
Nasci no pampa sem dono
Cresci com a alma inquieta,
A vida  me fez poeta
Fazendo versos  sozinho.
Em madrugadas campeiras
Eu sonhei com mil caminhos.
Sonhei também um cavalo
Que nunca pude comprar
E na ânsia de chegar
Logo ao próorio destino
Eu vi serem destruídos
Os meus sonhos de menino.
Brinquei nos trilhos do trem
Da velha Comandai
No mesmo trem eu parti
Pensando um dia voltar
Trouxe guitarra como companhia
Na solidão eu gosto de cantar.
Se  dizem que meu canto é triste
Respondo que pouco me importa.
Meu canto é feito uma esperança morta
Meu canto fica  enquanto a vida corre,
Meu verso é lágrima – é dor
E eu vou cantando assim como quem morre

Minha   milonga  é sempre em Mi menor,
Meu mate é só pra mim.
Nessa   tristesa   um dia eu ponho um fim
e hei de encontrar o amor que estou buscando,
quando encontrar a china que procuro,
quero  de novo sentir que estou amando.
Aí  , então, eu  cantarei a vida.,
Não deixarei nada pra depois.
Meu chimarrão será tomado a dois
E o meu porvir será de novo risonho.
Me tomaram  tudo mas eu sou poeta,
Continuo vivo e dono dos meus sonhos.
                                                               CLAUDINO DE LUCCA
I
É o maior dos  remanescentes  distritos rurais do município de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul, Situa-se a nordeste  do território com uma área de 105,90 Km quadrados  com população de 373 habitantes (censo de 2010,Faz divisas com Sossego,,Rincão dos  Meotti, Rincão dos Rorattos , Giruá e   Catuipe  . As primeiras famílias  a se instalar chegaram na década de 1920. Alguns dos primeiros moradores foram o comerciante e fazendeiro muito rico José (Juca)B. da Silva, pai de Dario Silva, grande amigo de nossa família e meu amigo, e avô do odontólogo  Luiz Carlos Silva.José era homem muito estimado na região e na cidade.
Policarpo Oliveira cujo sobrado ainda há pouco estava de pé.
Onésio  Belmonte Araújo pai do tradicionalista Edgar Araújo e seus irmãos, avô de Beto Araújo.
Nico Correa, morador antigo.
Augusto Copetti, pai de meu amigo Abílio Copetti e tio de meu vereador e correligionário Virgilio  Copetti .            Abel   Lucca,                       pai do nosso poeta ,declamador e cantor  Claudino de Lucca. Ferreiro, grande  batalhador .Veio para a cidade para bem educar os filhos. Aqui  teve que começar a vida de  novo.Venceu,criando e educando grande  número de filhos.Fazia as ferragens para as construções de meu irmão  Eng. Jose Carlos Rousselet
Torquato  Lunardi , tradicional comerciante, pai  do Dr. Lunardi e avô  do  ótimo clínico Maurício Lunardi.Seu filho................, tinha uma casa de  comércio não Bairro Colméia.
Fazendeiro Simão Chagas.
Comerciante Laurido  Pícoli, pai do agrônomo competente  josé Andre Picoli, fiscal do Banco do Brasil e lavoureiro de trigo e soja.
Claudino Pícolli, pecuarista e pai de  Edegar  Pícolli,, meu ex colega empresário,pecuarista, ex diretor da  Cotrisa.
Agrimensor e lavoureiro Ângelo  Ferrazza.O escritor e historiador Mário Simon, lá plantou trigo e soja  junto com seu pai  Augusto Simon,e,Strapasson.
Os agrônomos e advogados José  e Antonio Mello lá introduziram  o Método  Voisin de criação de gado e plantio direto em todo o Rio Grande do Sul e quase todo Brasil.
Lavoureiros  Hugo e Roberto Hazz ali plantavam. Alfredo  Leopoldo  Fett e Frederico Orthmann foram pioneiros na plantação de tungue.Plantaram trigo e soja.Aos 86 anos ainda plantaram eucalipto e cana.
A  Cotrisa  instalou a sua unidade encampando uma cooperativa que lá existiu.
CTG A  Volta dos Farrapos.Ensino Fundamental.
Em primeiro de novembro de 1928 inauguraram a Rede Ferroviária que corta o distrito, construída sob a administração de Luiz Carlos  Prestes.Esse fato foi de grande relevância, pois, desenvolveu bastante a economia local e regional.O ramal conhecido como “Ramal de Ouro”, por causa da grande quantidade de mercadoria que transportava.A estação ferroviária sempre foi  destaque, reunindo grande número de pessoas toda a vez que o Passageiro ali chegava.
O Distrito foi criado pela Lei Municipal  388 de 1978.
Existe lá uma das nascentes do arroio  Taquarinchim  A cascata do Comandai e o Balneário Cristal são pontos turísticos e de acampamentos A olaria do Sr Stangler ainda existe.
Este é um resumo da história deste distrito que é muito rico em acontecimentos.

SIA CARLOTA, VÓ GRINGA E TITINA


SAI  CARLOTA, VÓ GRINGA E TITINA
SIA CARLOTA,
Tomamos conhecimento da existência do Rincão dos Mendes  e Ilha Grande quando,, aos seis ou sete anos de idade, uma mulata velha que nos acompanhava desde São Luiz Gonzaga, veio a falecer no Hospital Santo  Ângelo  era onde hoje é a Casa da Criança.
Ela, entre outras coisas sempre fazia em tachos de ferro revestidos de cobre, feitos pelos ciganos, tachadas de pessegadas e marmeladas no fogo do galpão, para  esperar o José,, quando vinha nas férias d de Santa Maria, que nossa mãi guardava em caixas de madeira para comermos o ano inteiro.
Para aproveitar uma galinha assada que por sobra  foi guardada no armário da cozinha por uns três dias pois, não tínhamos geladeira.Minha  mãi aconselhou-a  a não comer mas ela quis aproveitá-la  e a  deglutou .Provavelmente ela deteriorou-se, provocando-lhe  uma infecção  intestinal irreversível, vindo a falecer em conseqüência disso.
Levamo-la para ser enterrada no cemitério de Santa Tereza, de onde ela era originária. Lá estavam  todos os seus irmãos Seu Miata, fazendeiro, e suas seis irmãs para sua última homenagem antes do enterro.Todos eram negros.Na ida ,como dissemos, passamos pelo Rincão dos  Mendes e Ilha Grande, quando o conhecemos pela primeira vez  e do qual não esperávamos que  teria tanta influência em nossa vida, em alguns anos mais tarde.
Foi, também, a primeira vez que  tomamos  noção 
 da existência da “morte,, da qual nunca tivéramos conhecimento direto.Alí presenciamos  o sentimento daquela irmandade ao se despedirem da presença física daquela irmã, que não mais a veriam após o sepultamento daquele corpo que ali estava  prostrado  entre 4 velas dentro de um caixão.O tempo colaborava para aquele quadro triste pois, escurecia, prenunciando grande chuvarada,
Voltamos do distrito de Santa Tereza, atravessando o Incão dos Mendes junto da Ilha Grande terra em que conhecemos o grande amor de nossa vida.
Foi última vez ,que vimos a Sai Carlota , aquela “baba’” que tanto  deu para nós, meu irmão José e eu, em nossa infância.



A VÓ  GRINGA  - Era uma solteirona vinda do Itacurubí, trazida pelos parentes de lá para morar em  nossa cãs e ajudar-nos a cfriar nossos filhos que eram muitos e pequenos ainda. Afeiçoou-se  a nossa filha Tânia que tinha uns 5 aos.Levou-a para São Borja  para passear.Levou-a a um terreiro de umbanda (cablocos).Assistiram a uma sessão de sarava. A Tania Jussara voltou de lá  imitando os cabloucos em seus passes.Estendia os bracinhos movimentando os dedinhos e assoprando.
Morrou conosco por uns  oito anos.Foi levada pelo primo Valdetar para morar com ele em Santo Antonio das Missões, onde veio a falecer.
ERNESTINA ALVES DA CRUZ A TITINA
Quarenta e três anos  atrás veio da Codelaria de Rincão no município de São Borja uma moça de nome Ernestina Alves da Cruz apelidada de Titina.Morava na  Codelaria  do Rincão, perto da casa do tio  Bertoaldo e da tia Delira.Veio para a casa deles aqui em Santo Ângelo  para fazer umas costuras.Terminado o trabalho lá, veio para nossa casa para fazer umas costuras para minha esposa e  os filhos..Terminado esse trabalho , se aquerenciando em nossa morada se dando bem com a Maria e com os nossos filhos. Costurava para eles  e foi ajudando a criar nossa filha caçula, a Daniela e seu filho Felipe até os 7 anos.Era uma pessoa boníssima para todos nós,e, ajudando a quebrar os galhos  e resolver os assuntos que surgiam quotidianamente, tais como, arrumar as roupas fazer pagamentos em bancos e no comércio ,bem como fazer compras, etc.
Seguido ia a São Borja visitar seus irmãos, que eram um gande número.
Até que há dois anos atrás, numa dessas  viajens, adoeceu de uma gripe A  para nunca mais voltar.Em 30 dias baixou o hospital e veio a falecer.Fizemos uma visita a ela de despedida e depois fomos para o enterro nessa cidade de São Borja, que é a mais atrasada da Missões.Naquele cemitério estão enterrados os ex presidentes Getulio Vargas e João Goulart.

Para quem acredita em  reencarnação , dá para dizer  peã bondade e carisma dela , dá para dizer que ela era a reencarnação da             Sia Carlota” sempre acompanhando nossa família...Quarenta e três anos foi o tempo que ela morou conosco.Já fazia parte da família.

OS HOMENS QUE MARCARAM O MUNDO E OS BOIS DE PONTA

OS HOMENS QUE MARCARAM O MUNDO E OS BOIS DE PONTA
Contou-me meu primo  Pery   Sommer  Pereira  que nosso tio carreteiro João Nunes Pereira , que ele tracionava suas carretas de bois com três junta.Em cada três anos ele trocava as três juntas por novas com bastante força e energia.Conservava  , porém, um boi velho e experimentado  na ponta esquerda,para conduzir os novos pelo melhor caminho a seguir.
Antigamente, quando Julio de Castilhos foi candidato a Governador do Estado do Rio Grande do Sul –homem novo (parece que tinha em torno de 30 anos),idealista,cheio de idéias novas a realizar,ele disse num discurso inflamado num comício em Cruz Alta, que o Rio Grande do Sul precisava  de um governo com idéias novas para executar grandes realizações  e progresso.!
Estava na frente do palanque  ,escutando atentamente seu discurso, um velho carreteiro,passando sua mão calejada pela  grande barba branca.O candidato empolgado, vendo-o, perguntou-lhe: o que o senhor  com sua grande experiência de vida,  o que nos diz de nossas idéias e  programa!
-‘Olha  doutor! Pelo tempo que eu tenho conduzindo carretas, nunca consegui  subir a Serra de Santa Maria com boi novo na ponta....” respondeu-lhe o ancião, amaciando suas longas barbas brancas...
Comparando, assim, também, tem acontecido no mundo, através dos tempos, com  países que tiveram administradores de grande capacidade de trabalho e muito idealismo, porém ,com pouca  experiência de vida, levaram suas nações  a grandes realizações, mas, no final, a grandes abalos e caminhos tortuosos.
Assim foi com Napoleão Bonaparte, Adolfo Hitler  , Mussolini,Stalin ,Jânio Quadros,Jango,Brizola, Lula,Dilma e tantos outros de pouca vivênciz vida a fora, que deixaram uma marca negativa em seus países.
Os respectivos países   assim atingidos,,,se reergueram  dirigidos  por homens maduros e com grande experiência de vida , tais como:
Winston Churchill na Inglaterra – O homem do século
De Gaulle na França
Adenauer  na Alemanha,
De Gásperi  na Italia,
Roosevelt, o homem da cadeira de rodas, que reergueu os Estados Unidos da Grande Depressão e foi fator decisivo para a Vitória na Segunda Guerra Mundial,
E , esperamos que ,  Temer e Meirelles,homens maduros e com muita experiência de vida, consigam  trazer o Brasil aos trilhos....

Muitos outros exemplos  no mundo  poderíamos dar de administrações positivas.

A MORTE DE ARTUR ARÃO

A MORTE DE ARTUR ARÃO
Entre tanta versões relacionadas a morte de Artur Arão, está, - contada pelo empresário e aposentado Felício Schol, - da conta de que Artur Arão foi assassinado em Itapiranga, estado de Santa Catarina.  
Não muito satisfeito com essa versão, - e como sou um contador de história e pesquisador, - telefonei para a escritora Cecília Maicá, residente em Giruá e profunda conhecedora desse caso.  
Segundo Cecília, - que esteve em Itapiranga desenvolvendo pesquisas, - ela chegou a conclusão que de que a versão detalhada pelo escritor Luiz Carlos Mello em seu livro "Artur Arão", às páginas 429 e 430, ele foi morto por dois golpes de facão desferido por um rapaz de 18 anos num baile.  
Essa versão é a mais aceita pelos historiadores e foi relatada por um vizinho dos irmãos Arão, senhor Geraldo Degliomini. 
O fato ocorreu da seguinte maneira: 
Artur Arão, então agricultor junto de seus irmãos Pedro e Júlio foi a um baile familiar em companhia de um deles  em  Itapiranga, Santa Catarina. 
Muito mulherengo, pediu para um rapaz de 18 anos para dançar uma marca com sua esposa de 16 anos, tendo este concordado. 
Dançando, cantou esta para ir à cozinha e fazer um mate gostoso para os dois tomarem juntos. O marido concordou , dizendo-lhe que “este era o último chimarrão que ele iria tomar.” 
Quando Artur estendeu a mão para pegar a cuia  o marido da  jovem  deferiu-lhe um golpe de facão na cabeça, partindo-a ao meio, expondo-lhe os miolos. Artur levou a mão para sacar o revolver 38, mas antes que pagasse o revólver recebeu outro golpe, no ombro decepando lhe o braço. 
Artur ainda conseguiu dar alguns passos e saiu da casa, sangrando muito e com parte dos miolos expostos e, trambaleando, caiu entre alguns arbustos vindo a morrer em menos de uma hora.    
O assassino, apelidado de “Pedro macho”, desapareceu na escuridão da noite.  
Existem outras versões que informam que Artur Arão foi levado com vida para o hospital tendo sobrevivido por alguns dias, mas nada disso tem comprovação.  
Artur Arão foi sepultado em um cemitério no município de Itapiranga, encerrando a história desse homem rural, vingador e bandoleiro que por muitos anos aterrorizou toda a região das Missões.


Baile de Campanha

BAILE DE CAMPANHA

Remanescentes da Família Genro de Santiago do Boqueirão, contam que certa vez por ocasião de um baile, cujo salão localizava-se no alto de uma coxilha, logo após o ribombo de um trovão caiu um raio sobre o salão destruindo parte do prédio. O raio foi tão forte que um dançarino quase engoliu a língua. Precisou que alguns festeiros, - após muito esforço, - lhe descensaram  os dentes para puxar a língua para fora. Felizmente se salvou e o baile continuou em outra sala até o clarear do dia.

O FATÍDICO E FULMINANTE RAIO

O FATÍDICO E FULMINANTE RAIO
Conforme foto fornecida pelo fotógrafo Edgar Cavalheiro, através do amigo Luiz Fiorin, onde mostra um colono pertencente a família do "Velho" Juska, dono de uma pensão familiar e de um comércio de compra e vendas de produtos coloniais, localizado onde hoje é a Rua Roque Gonzalez (conhecida no início do século XX como a rua dos polacos), e que teve para sua surpresa, - como registra a foto, - ao transitar na referida via, - isso lá pelos idos de 1920, quando vinha com uma carga de lenha para a cidade em seu carroção, - seu veículo atingido por um raio fulminante, que deixou por terra, - mortos, quatro mulas que puxavam a pesada carga. Restando em pé apenas o "carroceiro" e uma das mulas.


A Praça da Bandeira

A PRAÇA DA BANDEIRA
A  GURISADA DA” PRAÇA DO TRIÂNGULO”
Segundo informaram à historiadora Clotilde Farias, abaixo da Praça Rio Branco era um potreiro  pertencente ao Coronel Bráulio Oliveira, onde havia um galpão para abrigo de seu gado, onde, quando os índios de Inhacorá vinham à cidade para vender  a sua produção de arcos de flechas, balaios, cestas, e outros artigos de sua produção normal, acampavam por alguns dias.
Quando conheci esse local, lá pelos anos de 1935-1936 era um  descampado,quando os poucos  carros e carroças que vinham da rua Florêncio de Abreu, o atravessavam em diagonal para atingir a rua Tres de Outubro, de vez que o trânsito era interrompido pelo Quadro da Viação Férrea.A Av Venâncio Aires , também, era interrompida.
Por ocasião do calçamento das ruas foi criado um triângulo para movimento e retorno dos carros pela Av.Brasil, ficando o restante em um campinho,, onde jogávamos futebol com a gurisada do entorno da  Viiação  Férrea  e carregadores de mala, onde, também, os circos e parques de diversão se instalavam, e, hoje  estão  os prédios da Acisa Centro de Cultura e Teatro Antonio Sepp.
Nesse triângulo foi edificada uma belíssima e aconchegante pracinha, com passeios calçados com pedrinhas brancas e pretas,, bancos para sentar, arborizada e com arbustos,laguinho e chafariz.
Foi inaugurada em  e solenidade com presença de autoridades e público, com o nome oficial de PRAÇA DA BANDEIRA.
Posteriormente foi projetado erigir um  monumento  com a estatua do Indio Sepé Tiaraj´o grande herói missioneiro. Construiram   o pedestal e o Rótary Clube encomendou a estatua  a um famoso escultor  
riograndense ,  pagando-a adiantado.O escultor,porém, executou a cabeça, vindo a morrer em seguida.. A execução do projeto ficou parada por alguns anos.
O  Sr. Siegfried  Ritter, quando prefeito, descobriu um colono  escultor de nome de  Olinto Donadel  e mandou executar por ele a estatua do índio  como ela é hoje.Foi  inanugurada  em 1968.Meu irmão eng. José Carlos Rousselet, também arquiteto, dizia que os índios  tinham cara de italianos e não de índios, como era  origem do escultor....
A GURIZADA DA PRAÇ DO TRIÂNGULO
Na época da inauguração  da estatua em homenagem ao índio Sepé  Tiarajú  em 1968  a gurizada, filhos do moradores  do entorno da Viação Férrea, começaram a se reunir aí nessa aconchegante  praça para brincar. Eram os filhos das famílias Benvenutti, BarreiraFrey,,,Emmel,Dill,,Lopes,Anchieta,Weinert,Bidell,Rigo,Rodrigo, Feij´,Pinto Milani ,Bitencourt  e outros mais.
Os guris eram eles Belmonte, Duca DogeTema Carlos Augusto e João Carlos Rousselet Paulo,Gerson,Daltro Benvenutti,,Danilo Anchieta,Paulo Murilo,Telmo  Loes Henrique Bergolli,Jair Milani,    l               Leozinho,  Julho  Emmel, Horst e Gilmar,Paulo Dill,Flavio Bitencourt Tito Frey,,Bruno e Chico Henckel ,Catão,  Bolinha,,Luiz Rigo,Quicé,Irmãos Metralha.
Reuniam-se  geralmente á noite na’ Pracinha do Triângulo” para brincar.ás vezes durante o dia em horas de folga.Eram brincadeiras como Fortes,jogar espada, bang  bang,quadrilhas, etc.Jogavam futebol no campinho da “Banha”(hoje Frigorífico com mais de 1000 empregados),Chácara Capiobianco cam pó ferroviários,Meller Norte. Na chácara do Rousselet eram as frutas em mais de 100 ´pés  de árvores, banho e pescaria no açude, faziam vaquinha para comprar barril de chope. Banho no fundão e pinguela da banha no Taquarinchim, brigas em bailes,peleias com turmas da Pippi, do Maerckli, Onofre Pires e Zona Norte.
Faziam fogueiras nas Festas Juninas de ã João e  São Pedro com 80 pneus velhos,galharada,, busca pés, bombas, rojões, batata  açada, pinhão e rapadura de amendoim.Os mais corajosos  passavam por cima das brasas espalhadass de pés descalços.
Divertiam-se muito em sua  juventude.Mas, o tempo passou muito rápido.Hoje estão com mais de 60 anos..A  vida os dispersou e cada um seguiu o seu destino.Alguns já passaram pela transição para um outro plano.Ficou apenas a lembrança  agradável de cada um, guardada em sua mente ,como boa recordação...